Ribeirão Preto, Terça-feira, 11 de Outubro de 2011

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Chuva é insuficiente para acabar com a estiagem na região

Ribeirão Preto, Matão, Nuporanga, Altinópolis, Serrana e Cristais Paulista têm sofrido com a falta d'água

Bairro nobre também está com problema de abastecimento; prazo para resolução venceu duas vezes, diz morador

Márcia Ribeiro/Folhapress
Régua de medição aponta o nível do rio Pardo em 78 cm; normal em Ribeirão é de 130 cm

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

A chuva do final de semana foi insuficiente para amenizar o problema da falta de água em Ribeirão Preto, Matão, Nuporanga, Altinópolis, Serrana e Cristais Paulista.
O alto consumo e a baixa pluviosidade têm impedido a recomposição de fontes usadas para o abastecimento. O rio Pardo, que banha a região, chegou a 78 centímetros ontem, segundo medição do clube Regatas. O nível normal do rio é 1,30 metro. Em Ribeirão Preto, problemas técnicos também têm dificultado a distribuição.
Condomínios de alto padrão da zona Sul estão desde o dia 29 de setembro sem água por conta do rompimento do filtro de captação do poço Aroeira, no bairro do Jardim Botânico.
O fotógrafo Erico Andrade, do condomínio Jardim dos Hibiscos, chegou a colocar baldes no quintal para tentar captar água da chuva. "A falta de água alterou toda a minha rotina. Você não sabe quando vai ter água, não tem como resolver a questão da roupa, do banho, do uso do banheiro", diz.
Ele afirma que o segundo prazo estipulado pelo próprio Daerp para resolver o problema se esgotou no domingo, mas ontem as torneiras ainda estavam secas.
No Jardim Novo Mundo e Recreio Anhanguera, moradores reclamam da oscilação do fluxo de água.

DIA SIM, DIAS NÃO
"Um dia tem água e nos outros, não. Estou trabalhando com balde e canequinha para não perder clientes", afirma a cabeleireira Giovanna Sousa Silva, 24, que mora e trabalha no Novo Mundo.
Com a captação prejudicada pela estiagem prolongada dos meses passados, Altinópolis, Cristais Paulista e Serrana adotaram o racionamento em períodos críticos do dia.
"No ano passado foi uma semana de racionamento. Como a estiagem foi forte este ano, tivemos que fazer o controle por mais tempo para não prejudicar ainda mais a população", afirma o secretário de Obras de Cristais, Moacir Almeida de Oliveira. Em Matão, ao menos três dos 19 poços que abastecem a cidade já estão no limite.
"Só não está pior porque as pessoas pararam de limpar quintais", afirma Luiz Gonzaga Bussola, superintendente do Caema (empresa de água de Matão).
Em Nuporanga, cidade de 7.000 habitantes, o fornecimento é racionado pelo segundo ano consecutivo. Neste ano, o controle do consumo começou no dia 15 de agosto. Segundo a administração, a captação dos seis poços artesianos que garantem o abastecimento do município diminuiu 20% no auge da estiagem.
"Teremos que manter o racionamento até que as chuvas se normalizem", diz Nivaldo Silva, coordenador do Departamento de Águas e Esgotos de Nuporanga.

Colaborou LEONARDO LÉLLIS, de São Paulo


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