Ribeirão Preto, Terça-feira, 12 de Abril de 2011

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Dengue cresce 43% na região de Franca

Aumento destoa com o que ocorre no Estado, onde o total de casos diminuiu neste ano em relação a 2010

Sucen critica as gestões municipais e diz que cidades dessa região precisam investir na área da saúde


Edson Silva-26.mar.2011/Folhapress
Caminhão no bairro Presidente Dutra 1, carregado com materiais que podem se tornar criadouro do Aedes aegypti

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

O número de casos de dengue em Franca e nas cidades vizinhas cresceu 42,9% no primeiro trimestre deste ano se comparado a 2010, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde.
No DRS (Departamento Regional de Saúde) de Franca, o número de confirmações da doença saltou de 776 casos para 1.109. Prefeituras atribuíram o avanço da doença ao excesso de chuva.
A evolução da dengue na microrregião de Franca destoa da verificada em outras cidades -as regionais de Ribeirão Preto, Araraquara e Barretos tiveram queda de casos no trimestre.
Somado o total da região, foram 7.868 pessoas que contraíram dengue de janeiro a março deste ano, ante 28.466 no mesmo trimestre do ano passado -uma redução de 72,4%.
A explicação do Estado para a regional de Franca está nos municípios. Segundo a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), algumas cidades pontualmente tiveram aumento de casos e puxaram a alta.
Entre elas, está Ituverava. O secretário da Saúde da cidade, Sérgio Chicote, disse que detectou focos em lugares habitados -e não tanto em casas fechadas. Por isso, reforçou a campanha de conscientização em casas, escolas e faculdades.
Outro fator, disse, é que a chuva em excesso atrapalhou o trabalho de fumacê, a nebulização das casas com um inseticida. "Fizemos o trabalho sempre após as 18h e muitos dias chovia bem na hora e depois. E a chuva "lava" o inseticida", disse.
Em São Joaquim da Barra, o vice-prefeito e responsável pela saúde local, Marcelo de Paula Mian, também culpa as chuvas. "Neste ano vieram com mais intensidade."
Franca, pela primeira vez em cinco anos, apelou para o fumacê, de acordo com o diretor da Divisão de Saúde, Fernando Baldochi.
A chuva não é, porém, o maior entrave dessas cidades, na opinião da diretora regional da Sucen, Marina Vasconcelos Laprega da Gama. "Não é só isso, porque todo ano parece que chove mais. Acredito que a equipe é insuficiente", disse.

QUEDA
Em Ribeirão, o número de casos, apesar de ser ainda muito alto, caiu de 21.678 confirmações em 2010 para 5.789 no primeiro trimestre, segundo o Estado.
O quadro se deve principalmente à redução de casas fechadas que não foram visitadas, disse a chefe da Divisão de Controle de Vetores, Maria Lúcia Biagini.
Os dados da prefeitura, mais atualizados, são maiores: 7.403 casos de dengue.


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