Ribeirão Preto, Quinta-feira, 12 de Maio de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Pacientes reclamam de falta de remédios em farmácia do HC

Lista inclui medicamentos de alto custo que são usados contra artrite, hepatite, psoríase e até crises psicóticas

Estado diz que apenas um remédio está em falta e atribui parte do problema a falhas no cadastro de pacientes

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

Pacientes afirmam que há falta de medicamentos de uso contínuo na farmácia de alto custo do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
O Ministério da Saúde considera de alto custo 147 remédios para doenças crônicas e de uso prolongado.
De acordo com pacientes e médicos ouvidos pela Folha, a lista de medicamentos com problema de distribuição inclui o microfenolato de sódio (imunossupressor), a imunoglobulina (para hepatite B), a ziprasidona (para conter crises psicóticas), o arava (contra artrite) e a acitretina (para psoríase).
Uma paciente de 33 anos ouvida pela reportagem, que não quis se identificar, afirmou que está sem o remédio para tratar a artrite desde o dia 19 de abril.
Segundo ela, funcionários da farmácia disseram que o remédio está em falta -e que é preciso telefonar diariamente na unidade para saber quando chegará.
"A medicação estabiliza o processo inflamatório. Se eu não tomo, volto a sentir as dores e fico travada", diz.
Ela descobriu que sofria de artrite nas juntas das mãos e dos pés há três anos. Pela primeira vez, enfrenta dificuldade para retirar o remédio, que custa entre R$ 180 e R$ 374.
De acordo com uma funcionária do HC, que pediu para não ser identificada, a falta do microfenolato e da imunoglobulina começou a ser registrada por pacientes na semana passada.
Já a falta da ziprasidona começou em abril, três meses depois do início do registro de problemas com a distribuição da acitretina.
A Secretaria de Estado da Saúde informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que a distribuição de arava e acitretina está normalizada.
A pasta diz que a farmácia de Ribeirão Preto tem mais de 8.000 unidades de ziprasidona e 41 mil de microfenolato em estoque.
O órgão atribui a problemas de cadastro o fato de alguns pacientes não receberem os medicamentos.
Segundo a secretaria, apenas o estoque da imunoglobulina, medicamento que é repassado pelo Ministério da Saúde, está zerado.
O Ministério da Saúde afirma, no entanto, que o remédio foi repassado em fevereiro e abril deste ano. Outro repasse de 156 frascos está previsto para hoje.


Texto Anterior: Justiça condena Estado por tortura em antiga Febem
Próximo Texto: Justiça: Ribeirão registra em cartório a 1ª união de homossexuais
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.