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Falta remédio para quem quer largar o cigarro em Ribeirão
DA FOLHA RIBEIRÃO
Um ano depois do pedido, a
Secretaria da Saúde de Ribeirão
Preto ainda não recebeu nenhuma resposta do governo federal
de quando chegarão os remédios antifumo para o grupo de
pessoas que querem largar o vício e que passam por tratamento
na UBDS (Unidade Básica de
Saúde) Central.
Com o apoio dos medicamentos, o percentual de pessoas que
abandonam o cigarro, que é de
40%, poderia ser muito maior
-chegar a 60%. A estimativa é
do médico Clésio Soares, um dos
integrantes do Grupo de Tratamento de Tabagismo e coordenador do Controle de Tabagismo do Hospital das Clínicas de
Ribeirão.
Além das reuniões de grupo, o
tratamento com apoio de adesivos de nicotina ou de um antidepressivo específico -bupropiona- serve de estímulo a mais
para o fumante se curar do tabagismo. Dos 80 pacientes hoje divididos em cinco grupos de
apoio, 90% têm indicação para
usar medicamentos como suporte, segundo o médico.
O Ministério da Saúde possui
um programa para fornecer nicotina ou o antidepressivo para
este tratamento -hoje, cerca de
700 municípios brasileiros já recebem o remédio.
A via sacra de Ribeirão começou há dois anos, quando o grupo de médicos treinados pelo
Inca (Instituto Nacional do
Câncer) para ministrar o medicamento conheceu o programa
e elaborou um projeto para receber o material.
Somente em outubro do ano
passado, a prefeitura encaminhou o pedido para o Estado. No
mês seguinte, a Secretaria de Estado da Saúde repassou o pedido
para o Ministério da Saúde, mas
desde então não houve resposta.
Os adesivos de nicotina custam R$ 45 por semana ou, se a
opção for por não-nicotíneos, a
caixa de bupropiona custa R$ 50
e dura 20 dias. "Temos pessoas
que, ao ver que não havia remédio, desanimaram e saíram do
grupo", disse Soares.
O Ministério da Saúde, em nota, diz que Ribeirão não está cadastrado e que o ato deve ser feito pelo Estado. A reportagem
não conseguiu ouvir a Secretaria
de Estado da Saúde após essa
declaração.
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