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Região de Ribeirão possui quatro municípios com boas condições de vida, segundo relatório da ONU
Quatro cidades estão entre as 28 melhores
CRISTIANE BARÃO
enviada especial a Buritizal
As quatro principais cidades da
região- Ribeirão Preto, Franca,
Araraquara e São Carlos- estão
entre as 28 com melhores condições para o progresso humano entre 570 municípios do Estado, segundo relatório divulgado na semana passada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
O ranking das cidades é formulado com base no IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano), que
pode ser interpretado como índice
de qualidade de vida nas cidades.
Os dados referem-se a 1995, data
do último censo para o cálculo do
índice de desenvolvimento.
Segundo o relatório, Ribeirão
Preto é a segunda cidade com
maior IDH do Estado e a sexta de
todos os 4.491 cidades brasileiras.
Franca (85 km de Ribeirão Preto) está em 16º lugar no ranking
estadual, enquanto Araraquara
(88 km de Ribeirão) está na 22ª colocação. São Carlos (101 km de Ribeirão Preto) é a 28ª cidade do Estado a apresentar o melhor índice
de desenvolvimento humano.
A região abriga também a cidade
com as melhores condições de
moradia do Brasil -Buritizal (120
km de Ribeirão Preto). Próxima à
divisa com Minas Gerais, a cidade
possui a média de uma casa para
cada 2,5 habitantes e 100% de
abastecimento de água.
A maior perspectiva de vida ao
nascer do Estado foi registrada em
Américo Brasiliense (95 km de Ribeirão Preto), com 71 anos. Na
terceira colocação, está Pedregulho (137 km de Ribeirão) com 70,8
anos.
De acordo com o professor de
economia da USP (Universidade
de São Paulo) de Ribeirão, Eliezer
Martins Diniz, o colocação das
quatro cidades demonstra que a
região concentra o pólo de desenvolvimento do Estado, mas que
apresenta também grandes problemas de concentração de renda.
"Em Ribeirão Preto, por exemplo, o salário do trabalhador é
mais baixo que no restante do Estado e a renda está mal distribuída", disse o professor da USP.
Pelo relatório da ONU, a classificação das cidades é considerada
boa e a região de alto desenvolvimento humano.
Ribeirão Preto
Nos três últimos censos -de
1970, 80 e 91- Ribeirão registrou
um crescimento de 8,1% no IDH.
Já, a relação entre os índices de
1970 e 80, o aumento foi de 24,8%.
Em 1970, Ribeirão era considerada uma cidade de médio desenvolvimento humano e era o 16º
município no ranking do IDH e a
9ª colocação em relação ao Estado.
Na década de 80, Ribeirão Preto
já ocupava a segunda colocação
entre os 601 municípios do Estado
e estava na 31º lugar entre os 3.991
cidades de todo o país.
De acordo com o economista
Fernando Martins Prates, da Fundação João Pinheiro, a década de
70 registrou aumento no índice de
crescimento devido ao desenvolvimento industrial. "A época ficou conhecida como 'milagre
econômico' e houve uma arrancada em toda a região", disse.
A fundação foi a responsável pela coleta e análise dos dados de cada município do Brasil.
Devido ao desenvolvimento industrial, Ribeirão também conseguiu elevação na renda per capta
(toda a riqueza da cidade dividida
pelo número de habitantes).
No censo de 70, uma família recebia 1,07 salário por mês. Já, em
80, a renda familiar subiu para
2,46 salários por mês. Nesta década, cada família recebe em média
2,62 salários mínimos mensais.
Em IDH, Ribeirão só perde para
Santos. As informações são organizadas pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento.
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