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O ACUSADO
Pablo Russel Rocha nega autoria do crime
Para preso, a sensação era de filme de terror
free-lance para a Folha Ribeirão
Preso na cadeia de Vila Branca
desde o crime que resultou na
morte de Selma Heloísa Artigas
da Silva, Pablo Russel Rocha negou ontem que amarrou a garota de programa no cinto de segurança de seu veículo.
Aparentando tranquilidade,
Rocha reuniu a imprensa ontem
na cadeia e contou detalhes da
noite do crime.
Ele disse que Selma desceu do
veículo depois que ele fez um comentário. "Ela se irritou quando
eu falei que ela estava acostumada a trabalhar à noite e dormir
durante o dia, enquanto eu teria
que trabalhar às 7h", afirmou o
acusado.
No momento, o acusado disse
que partiu com o veículo e não
percebeu que Selma havia ficado amarrada ao cinto de segurança da Pajero. "O som e o ar-condicionado do carro estavam
ligados", afirmou.
Rocha disse que consumiu de
três a quatro latas de cerveja na
noite do acidente e que não estava sob efeito de drogas.
"Eu me senti uma criança de
três anos assistindo a um filme
de terror quando vi o corpo dela naquele estado", disse.
Rocha afirmou que, após encontrar o corpo, foi até sua casa
contar o fato aos pais. "Até hoje
procuro explicação para o caso", disse o acusado ontem.
Após se apresentar à polícia,
seu irmão lavou o veículo para
tentar apagar marcas do acidente, segundo Rocha.
Ele disse que tem mais vontade que todos de saber como Selma ficou presa ao cinto de segurança. "Tenho pressa, quero
voltar a ter liberdade."
Rocha, que está preso há um
ano e dois meses em Ribeirão,
disse que só comentou o caso
porque o laudo do perito George Sanguinetti foi favorável.
"Não posso pedir perdão porque eu não fiz nada. Meu único
erro foi ter saído de casa naquela noite", disse.
(MARCELO TOLEDO)
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