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Crise elevou dívida das usinas, diz economista
Mas professor da FEA não crê que o setor vá precisar de medidas drásticas
Devendo US$ 100 milhões,
a usina Albertina espera resposta da Justiça a seu pedido de recuperação protocolado na segunda
Márcia Ribeiro/Folha Imagem
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Vista da usina Albertina, em Sertãozinho, que entrou com pedido de recuperação judicial na segunda
DA FOLHA RIBEIRÃO
A saída escolhida pela Companhia Albertina para negociar
dívidas de US$ 100 milhões
contraídas com bancos privados não deve ser extensiva ao
setor sucroalcooleiro. Essa é a
avaliação de Alberto Borges
Matias, professor titular de finanças da FEA-RP (Faculdade
de Economia, Administração e
Contabilidade de Ribeirão Preto), vinculada à USP (Universidade de São Paulo).
Ontem, a usina localizada em
Sertãozinho anunciou que
apresentou pedido de recuperação judicial a 1ª Vara Cível da
cidade para tentar renegociar o
débito com seus credores. Com
86 anos, a empresa é uma das
mais tradicionais da região.
"Todas as empresas têm dívidas. As usinas em sua maioria
devem em moeda estrangeira.
Por isso, com a desvalorização,
ela aumentou. As usinas têm
problemas porque têm níveis
de endividamento mais altos
do que a média, mas isso se resolve com a liquidez de mercado, coisa que agora não existe."
Até as 18h de ontem, a Justiça ainda não havia deferido o
pedido de recuperação judicial
apresentado pela Companhia
Albertina na última segunda-feira. Na avaliação do gerente
de Negócios e Assuntos Jurídicos da usina, Fabiano Calil Colussi, a possibilidade de indeferimento era muito pequena.
A partir de uma decisão favorável, a Albertina ganharia prazo para apresentar um plano de
recuperação, que funcionaria
como uma espécie de contrato
de refinanciamento da dívida.
Segundo Gabriel Andrade, assessor financeiro da Arsenal
Investimentos e contratado pela Albertina para comandar o
processo de recuperação, a expectativa é que o plano seja
concluído nos próximos dias.
A Companhia Albertina viu
sua dívida, decorrente de contratos comerciais de exportação, crescer com a alta do dólar
e a queda no preço do açúcar. A
usina emprega cerca de 1.800
pessoas e produz, anualmente,
37 milhões de litros de álcool e
150 mil toneladas de açúcar.
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