Ribeirão Preto, Segunda-feira, 14 de Agosto de 2000


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Clã em Santa Rita quer ampliar poder

DA FOLHA RIBEIRÃO

O clã dos Zorzi, em Santa Rita do Passa Quatro, tem, atualmente, um vice-prefeito e um vereador e quatro membros da família estão na disputa para a próxima eleição.
O vice-prefeito José Henrique Zorzi (PTB), 49, tenta voltar ao cargo, na chapa de Nelson Scorsolini (PSDB). Ao seu lado, tem um cabo eleitoral experiente: seu primo, atual vereador que tenta a reeleição, ex-vice e ex-prefeito Wilson "Biliu" Zorzi, 60.
Tentando voltar à prefeitura está Agenor Mauro Zorzi (PFL), 51, primo de José Henrique e Biliu. Concorrendo à Câmara Municipal pela quinta vez, o corretor de imóveis Décio Zorzi (PFL), 62, irmão de Biliu, apóia Agenor.
A saga da família na política começou em 1968, quando Biliu e seu tio Roberto Zorzi se elegeram vereadores. Roberto logo abandonou, mas Biliu continuou.
Em 72, foi eleito vice-prefeito. Em 76, chegou à prefeitura onde ficou até 82. Na eleição seguinte, que aconteceu seis anos depois, ocorreu a primeira grande disputa familiar pelo poder em Santa Rita. Biliu e Agenor (o vencedor) foram candidatos a prefeito.
A revanche veio há quatro anos, quando José Henrique, o primo mais afinado politicamente com Biliu, derrotou Agenor, que tentava voltar à prefeitura.
José Henrique diz que críticas administrativas são feitas constantemente, mas que isso não afeta o relacionamento familiar.
"É claro que, no processo eleitoral, as coisas se acirram, mas não ficam resquícios. Pelo menos até hoje nunca ficaram. Se amanhã começarem a partir para o lado pessoal, aí sim podem ficar alguns resquícios", diz o atual vice-prefeito.
"Às vezes a gente se encontra em um bares e tomamos um aperitivo juntos. Só não é muito aconselhável puxar a conversa para o lado da política", diz Biliu.
Ele assume que seu irmão tira um pouco de seus votos, mas garante que isso não vai atrapalhar sua eleição.
José Henrique até assume que Agenor foi um bom prefeito para a cidade, mas diz que tem muitas críticas a ele. "Eu encaro as coisas só pelo lado da política e não temos nenhuma inimizade. Nossas diferenças são administráveis."


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