Ribeirão Preto, Domingo, 14 de Agosto de 2011

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USP quer museu de história natural

Projeto prevê a criação, no campus da universidade em Ribeirão, do maior museu do segmento na América Latina

Orçamento para o complexo está previsto em R$ 70 milhões, mas valor total pode chegar a R$ 120 milhões
Edson Silva/Folhapress
O especialista Max Cardoso Langer com fóssil no laboratório de morfologia existente no campus da USP em Ribeirão

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Um esqueleto de dinossauro da altura de um prédio de 11 andares, bichos aquáticos de borracha para serem tocados por crianças e um pedaço de mata com pássaros reais. A USP de Ribeirão quer abrigar o maior museu de história natural da América Latina.
O chamado Museu da Biodiversidade, cujo orçamento está previsto em R$ 70 milhões e pode chegar a R$ 120 milhões, tem a proposta de reunir seres característicos principalmente da biodiversidade brasileira.
A intenção é que o museu ganhe em importância e visitação, como ocorre em grandes museus de história natural do mundo, a exemplo dos de Londres e Nova York.
O complexo do museu foi projetado por arquitetos de Ribeirão e São Paulo. A obra espalha-se por 40 mil m2, com área de exposição (8.000 m2), prédio de pesquisa (5.000 m2) e uma grande passarela com espelho d'água, praças e restaurantes integrados à vegetação.
A verba ainda será captada. Para o primeiro módulo, de pesquisa, a USP espera análise do Finep, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para liberação do recurso, previsto inicialmente em R$ 6 milhões.
O maior desafio, porém, será o de obter recursos para o restante da obra. A ideia é buscar patrocinadores como Petrobras e Vale.
Um dos diferenciais será o de não só segmentar a exposição em plantas e répteis, entre outros. O fio condutor seguirá a teoria evolutiva.
Por esse prisma, o visitante conhecerá desde a formação do universo com o Big Ben, passando por diferentes seres, inclusive o homem.
A USP também quer prestar uma homenagem a um bioma relevante do Brasil, com a recriação de um pedaço da mata atlântica.
Réplicas de grandes árvores serão misturadas a espécies verdadeiras de pequeno e médio portes com araras e outros pássaros vivos. É possível até a exposição de mamíferos de pequeno porte, como roedores.
Os pesquisadores da USP dizem não se intimidar com o custo do projeto. "Não fizemos um projeto acanhado. E nem é tão caro, os estádios da Copa custarão dez vezes mais", disse o docente Dalton de Souza Amorim.


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