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O TORTURADO
"Ele pediu para não denunciar"
da Folha Ribeirão
Da primeira vez que a dona-de-casa Francisca (nome fictício) visitou o filho na Febem, encontrou
o garoto de 16 anos deitado e com
dificuldade para tomar água.
"Os policiais tinham batido
muito nele porque queriam que
ele entregasse um outro, um adulto que participou de um roubo
junto com ele", afirmou.
Francisca disse ter pensado em
denunciar os agressores. "Ele me
pediu pelo amor de Deus para
não procurar ajuda, porque apareceria morto em um canavial."
A dona-de-casa está na lista das
mães ouvidas pela Promotoria.
Ela perdeu dois filhos, de 17 e 15
anos, mortos a tiros em um intervalo de 70 dias em 96.
Durante quase dois anos, ela
afirmou ter convivido com frequentes "visitas" da polícia. O filho mais velho dela foi morto porque "sabia demais", segundo a
Folha apurou. O outro, acabou
assassinado porque andava dizendo que vingaria o irmão.
(AS)
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