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Mudança no Plano Diretor pode tirar ônibus do centro
Prefeitura vai apresentar nova lei complementar, que prevê alterações radicais
De acordo com o presidente do Comur, Ribeirão Preto precisa privilegiar o "deslocamento de pessoas, não dos carros"
Silva Junior/Folha Imagem
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Ônibus circulamna região central de Ribeirão, ontem à tarde
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Secretaria do Planejamento de Ribeirão apresentará uma
lei complementar de mobilidade urbana ao Plano Diretor,
que será revisado em 2010, que
deve prever mudanças radicais
no sistema de transporte coletivo, entre elas a retirada do
maior número possível de linhas de ônibus do centro.
O objetivo, segundo o titular
da pasta, Ivo Colichio, é facilitar o deslocamento das pessoas, diminuir o tempo de viagem, aumentar a velocidade
dos ônibus e reduzir pontos de
congestionamento.
O centro é o principal local de
embarque e desembarque de
passageiros dos ônibus urbanos. Entre 80 mil e 100 mil pessoas passam por dia pelo centro
ou têm na região seu destino final, segundo o ex-diretor de urbanismo da prefeitura José
Anibal Laguna. A Transerp
(Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto
S.A.) não informou dados.
Segundo Colichio, a ideia,
que depende do aval da prefeita
Dárcy Vera (DEM), é propor a
criação de estações de embarque rápido, fora da região central, por onde passariam linhas-tronco de integração de
bairros. Essas linhas seriam
atendidas por ônibus articulados, com capacidade maior que
a dos convencionais. Os passageiros seriam levados às estações por linhas secundárias.
Para elaborar a nova lei, a secretaria deve contratar uma
consultoria. O resultado é que
deve apontar por qual meio de
transporte os passageiros que
desejam circular no centro chegarão a ele após desembarque
nos terminais próximos ao centro -se por linhas de ônibus específicas ou por meio de micro-ônibus, por exemplo.
Para o arquiteto Fernando
Freire, presidente do Comur
(Conselho Municipal de Urbanismo), Ribeirão precisa de alternativas que privilegiem o
"deslocamento de pessoas, não
dos carros". Para ele, a iniciativa é "louvável", mas o governo
precisará ter coragem para alterar o sistema. "Muitos interesses serão contrariados."
A Folha não conseguiu ouvir
a Transerp ou representantes
do sindicato das empresas que
exploram o transporte.
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