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Nº de casos de dengue cresce em março e abril em Ribeirão
Segundo bimestre teve mais registros da doença que os mesmos meses de 2008
Prefeitura de Ribeirão Preto
afirma que os casos de
dengue estão espalhados
pela cidade, formando "ilhas
de surto" da doença
BRUNA SANIELE
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os casos de dengue no segundo bimestre deste ano superaram o total de registros do mesmo período do ano passado, segundo a Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto.
Em março, o número de casos aumentou 40% -foram
307 notificações neste ano,
contra 219 em 2008. Em abril,
os casos saltaram de 373 para
390, contrariando o verificado
no primeiro bimestre, quando
o número de registros foi menor do que em 2008.
De acordo com a diretora do
departamento de Vigilância em
Saúde, Maria Luiza Santa Maria, os casos ficaram espalhados
pela cidade e este ano há "ilhas
de surto da doença". Apesar da
alta no número de registros, ela
afirma acreditar que a doença
está sob controle.
Os bairros Jardim Aeroporto, Jardim Independência, Presidente Dutra, Maria Casagrande e Avelino Palma foram os
mais atingidos. "Nesses bairros, há uma uma alta densidade
demográfica e uma situação financeira desfavorável, o que dificulta o controle da doença."
Segundo ela, a vigilância
constatou excesso de materiais
reciclados armazenados nesses
bairros, que funcionavam como focos da doença.
"A gente sabe que é uma economia informal que ajuda a população, mas é preciso se conscientizar e manter o material
acondicionado corretamente",
afirmou a diretora.
Dos bairros atingidos, somente o Jardim Independência está localizado em uma região nobre, fora da periferia de
Ribeirão Preto. No local, além
da alta densidade demográfica,
os agentes tiveram dificuldade
de acabar com os focos do mosquito presentes nos ralos.
Para auxiliar os 280 agentes
da Secretaria da Saúde de Ribeirão no controle da doença,
60 agentes da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) ficaram na cidade duas
semanas, fazendo intervenções
nos bairros Adão do Carmo e
Parque Ribeirão.
De acordo com a diretora, há
somente um tipo de vírus em
circulação no município, o sorotipo 3, o que diminui o número de pessoas que podem ser
contaminadas. De 2000 a
2009, Ribeirão Preto registrou
16.261 casos da doença. A última grande epidemia da cidade
ocorreu em 2006, quando
6.438 casos foram notificados
pela administração.
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