Ribeirão Preto, Sexta-feira, 15 de Maio de 2009

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Nº de casos de dengue cresce em março e abril em Ribeirão

Segundo bimestre teve mais registros da doença que os mesmos meses de 2008

Prefeitura de Ribeirão Preto afirma que os casos de dengue estão espalhados pela cidade, formando "ilhas de surto" da doença


BRUNA SANIELE
DA FOLHA RIBEIRÃO

Os casos de dengue no segundo bimestre deste ano superaram o total de registros do mesmo período do ano passado, segundo a Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto.
Em março, o número de casos aumentou 40% -foram 307 notificações neste ano, contra 219 em 2008. Em abril, os casos saltaram de 373 para 390, contrariando o verificado no primeiro bimestre, quando o número de registros foi menor do que em 2008.
De acordo com a diretora do departamento de Vigilância em Saúde, Maria Luiza Santa Maria, os casos ficaram espalhados pela cidade e este ano há "ilhas de surto da doença". Apesar da alta no número de registros, ela afirma acreditar que a doença está sob controle.
Os bairros Jardim Aeroporto, Jardim Independência, Presidente Dutra, Maria Casagrande e Avelino Palma foram os mais atingidos. "Nesses bairros, há uma uma alta densidade demográfica e uma situação financeira desfavorável, o que dificulta o controle da doença."
Segundo ela, a vigilância constatou excesso de materiais reciclados armazenados nesses bairros, que funcionavam como focos da doença.
"A gente sabe que é uma economia informal que ajuda a população, mas é preciso se conscientizar e manter o material acondicionado corretamente", afirmou a diretora.
Dos bairros atingidos, somente o Jardim Independência está localizado em uma região nobre, fora da periferia de Ribeirão Preto. No local, além da alta densidade demográfica, os agentes tiveram dificuldade de acabar com os focos do mosquito presentes nos ralos.
Para auxiliar os 280 agentes da Secretaria da Saúde de Ribeirão no controle da doença, 60 agentes da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) ficaram na cidade duas semanas, fazendo intervenções nos bairros Adão do Carmo e Parque Ribeirão.
De acordo com a diretora, há somente um tipo de vírus em circulação no município, o sorotipo 3, o que diminui o número de pessoas que podem ser contaminadas. De 2000 a 2009, Ribeirão Preto registrou 16.261 casos da doença. A última grande epidemia da cidade ocorreu em 2006, quando 6.438 casos foram notificados pela administração.


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