JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

Um grupo de vereadores de Araraquara foi impedido de entrar ontem à tarde no interior do CDP (Centro de Detenção Provisória) e na penitenciária da cidade, apesar de a visita estar agendada.
Eles pretendiam verificar se são verdadeiras denúncias relatadas por presos e agentes penitenciários, que apontam superlotação no CDP e um clima de extrema tensão no presídio que foi palco de uma rebelião em 2006, que destruiu o complexo.
Na época, 1.400 presos ficaram confinados em uma ala onde cabiam apenas 160.
A comitiva agendou a visita depois de o vereador João Farias (PRB) ter recebido uma carta supostamente de um dos presos denunciando superlotação, falta de higiene e proibição de visitas. O grupo tentará nova vistoria.
O CDP tem capacidade para 496 homens, mas abriga 735, segundo a OAB.
Segundo os vereadores, o diretor da unidade, Luiz Antonio Bonini, disse não ter autorização para permitir a vistoria. Ele afirmou aos visitantes que existem muitos problemas no complexo, mas eles estão sendo resolvidos.
Bonini disse ainda que, em 20 dias, o problema de superlotação será resolvido com transferências. A Secretaria de Administração Penitenciária não se manifestou.


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