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Produção de cana recua quase 3%, diz instituto
Área plantada e produção crescem no Estado, mas caem na região de Ribeirão
Região do Escritório de Desenvolvimento Rural de Araraquara é a que sofreu a maior redução na atual safra de cana-de-açúcar
LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Embora a área plantada de
cana-de-açúcar e a produção
tenham aumentado no Estado
de São Paulo, os números da região de Ribeirão Preto não
acompanharam o avanço. A
área nas cidades abrangidas pelos seis Escritórios de Desenvolvimento Rural da região
caiu 0,28% e a produção de cana recuou 2,87%, na comparação com o mesmo período da
safra anterior.
Os dados são do estudo de
campo feito em setembro sobre
a safra atual da cana, pelo IEA
(Instituto de Economia Agrícola), órgão ligado à Secretaria de
Estado da Agricultura.
Na região, foram 1,822 milhão de hectares de cana plantados em 2009 ante 1,833 milhão na safra anterior -recuo
de 0,28%. Já a produção da cana caiu de 144,2 milhões de toneladas para 140,1 milhões de
toneladas na safra atual.
No Estado, a área plantada
cresceu apenas 1% e totalizou
5,46 milhões de hectares, mas a
produção deve aumentar
6,86%, atingindo um total de
414,078 milhões de toneladas.
Na região, a área abrangida
pelo Escritório de Desenvolvimento Rural de Araraquara é a
que sofreu a maior queda de
área plantada (-14,8%) e de produção (-20,2%). Mais uma vez,
o excesso de chuva no campo,
que atrapalhou a colheita da cana, é apontado como a causa
principal para a queda na produção em algumas regiões.
O pesquisador do IEA Sérgio
Alves Torquato disse que a área
plantada na região também não
evoluiu porque já existem sinais de saturação. "Acaba não
tendo tanto espaço para expansão nessas regiões. A expansão
da cana deve ocorrer mesmo é
na região oeste do Estado, em
substituição a áreas de pastagens", disse.
O presidente da Canaoeste
(Cooperativa dos Plantadores
de Cana do Oeste do Estado de
São Paulo), Manoel Ortolan,
disse que a falta de crédito para
o produtor também colaborou
para que a área plantada na região não avançasse.
"Houve um período crítico
de falta de crédito, falta de pagamento de usinas e de preço
ruim das últimas duas safras.
Então, o pessoal renovou o mínimo possível [do canavial]",
disse Ortolan.
Já o diretor regional da Unica
(União da Indústria da Cana-de-Açúcar), Sérgio Prado, afirmou que o problema na safra
deste ano não envolve a quantidade de cana produzida, mas,
sim, a dificuldade de colheita.
Segundo ele, se não fosse a chuva, muitas usinas da região já
teriam encerrado a moagem.
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