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Em Ribeirão, praticantes de artes marciais revelam sua paixão pelo esporte
DOUGLAS SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Uma menina de 9 anos que
pratica kung fu há dois anos e
uma mulher de 60 anos faixa
preta de caratê que faz aulas
de muay thai, jiu-jitsu e tem
uma academia particular em
casa. As duas são apenas dois
exemplos de apaixonadas por
artes marciais em Ribeirão.
Eliana Pedreschi, a faixa
preta, diz que é relaxante praticar artes marciais. Ela só lamenta não ter conhecido as
lutas mais cedo. "Comecei a
praticar faz dez anos. Se tivesse iniciado mais cedo, sem dúvida, eu iria competir e disputar títulos", disse.
As aulas de muay thai começaram há pouco mais de
um ano, mas a paixão é tanta
que Pedreschi já planeja uma
viagem para a Tailândia com o
objetivo de conhecer o berço
da arte marcial.
Já a menina Veronica Ramirez Fernandes começou a
praticar kung fu com seis
anos, sempre com o apoio da
mãe, Idalina Fuentes Fernandes, 37. Veronica tem aulas
particulares em casa, mas diz
que não vê a hora de praticar
junto com outras pessoas.
Renata Vilela Rosa Pucci,
31, disse que começou a praticar muay thai para manter o
peso e melhorar o condicionamento físico. "No começo era
só com esse objetivo, mas me
apaixonei e, agora, não largo
esse esporte por nada."
Para Vanderlei Randau, 35,
mestre de tae-kwon-do e praticante há mais de vinte anos,
as artes marciais evoluíram
muito em Ribeirão. "Há alguns anos, eu e minha equipe
precisávamos fazer pedágio
nas ruas da cidade tentando
obter algum dinheiro para pagar nossa viagem às competições. Hoje, a prefeitura financia nossas viagens em competições", disse.
O lutador Marcelo Taiguara, 29, começou a praticar
muay thai há quatro anos e já
disputa campeonatos profissionais no Estado. Ele afirmou que recebe de um patrocinador suplementos e equipamentos para treinar, mas
seu sonho é dar aulas e viver
de artes marciais.
O professor de muay thai
Lejandre Vieira Martins, 29,
disse que Ribeirão pode ter
grandes esportistas no futuro.
"Temos bons atletas praticando hoje em Ribeirão. São meninos de 14, 15 anos que desejam ser profissionais e têm talento", afirmou.
Breno Augusto Tozetto, 15,
é apontado por Martins como
um desses talentos. O garoto
começou no judô com 5 anos,
mas foi só com 12 que descobriu sua paixão: o muay thai.
"Quero ser um profissional,
disputar e vencer grandes
campeonatos de UFC (Ultimate Fighting Championship
-campeonato de vale-tudo
americano), ou K-1 (categoria
de luta que engloba várias artes marciais de chutes e socos)", disse Tozzeto.
Na USP de Ribeirão, o projeto AikiUSP, que ensina aikidô a alunos e professores do
campus, completou uma década neste ano. O projeto já
formou ao menos três faixas
pretas.
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