Ribeirão Preto, Domingo, 15 de Novembro de 2009

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Em Ribeirão, praticantes de artes marciais revelam sua paixão pelo esporte

DOUGLAS SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Uma menina de 9 anos que pratica kung fu há dois anos e uma mulher de 60 anos faixa preta de caratê que faz aulas de muay thai, jiu-jitsu e tem uma academia particular em casa. As duas são apenas dois exemplos de apaixonadas por artes marciais em Ribeirão.
Eliana Pedreschi, a faixa preta, diz que é relaxante praticar artes marciais. Ela só lamenta não ter conhecido as lutas mais cedo. "Comecei a praticar faz dez anos. Se tivesse iniciado mais cedo, sem dúvida, eu iria competir e disputar títulos", disse.
As aulas de muay thai começaram há pouco mais de um ano, mas a paixão é tanta que Pedreschi já planeja uma viagem para a Tailândia com o objetivo de conhecer o berço da arte marcial.
Já a menina Veronica Ramirez Fernandes começou a praticar kung fu com seis anos, sempre com o apoio da mãe, Idalina Fuentes Fernandes, 37. Veronica tem aulas particulares em casa, mas diz que não vê a hora de praticar junto com outras pessoas.
Renata Vilela Rosa Pucci, 31, disse que começou a praticar muay thai para manter o peso e melhorar o condicionamento físico. "No começo era só com esse objetivo, mas me apaixonei e, agora, não largo esse esporte por nada."
Para Vanderlei Randau, 35, mestre de tae-kwon-do e praticante há mais de vinte anos, as artes marciais evoluíram muito em Ribeirão. "Há alguns anos, eu e minha equipe precisávamos fazer pedágio nas ruas da cidade tentando obter algum dinheiro para pagar nossa viagem às competições. Hoje, a prefeitura financia nossas viagens em competições", disse.
O lutador Marcelo Taiguara, 29, começou a praticar muay thai há quatro anos e já disputa campeonatos profissionais no Estado. Ele afirmou que recebe de um patrocinador suplementos e equipamentos para treinar, mas seu sonho é dar aulas e viver de artes marciais.
O professor de muay thai Lejandre Vieira Martins, 29, disse que Ribeirão pode ter grandes esportistas no futuro. "Temos bons atletas praticando hoje em Ribeirão. São meninos de 14, 15 anos que desejam ser profissionais e têm talento", afirmou.
Breno Augusto Tozetto, 15, é apontado por Martins como um desses talentos. O garoto começou no judô com 5 anos, mas foi só com 12 que descobriu sua paixão: o muay thai.
"Quero ser um profissional, disputar e vencer grandes campeonatos de UFC (Ultimate Fighting Championship -campeonato de vale-tudo americano), ou K-1 (categoria de luta que engloba várias artes marciais de chutes e socos)", disse Tozzeto.
Na USP de Ribeirão, o projeto AikiUSP, que ensina aikidô a alunos e professores do campus, completou uma década neste ano. O projeto já formou ao menos três faixas pretas.


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