Maratona de shows traz Titãs, Blitz, Cordel do Fogo Encantado e Fundo de Quintal, além de dança, circo, filmes e teatro

Expectativa é maior do que os 118 mil presentes à edição do ano passado; prefeituras devem gastar R$ 350 mil em estrutura

JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

A terceira edição da Virada Cultural Paulista, maratona de 24 horas de shows como Titãs, Fundo de Quintal e Blitz, deverá reunir 140 mil pessoas nas três cidades da região que recebem o evento -Ribeirão Preto, Franca e Araraquara. A previsão de público é 18% maior do que a registrada em 2008.
Na edição do ano passado, a Virada surpreendeu os organizadores ao reunir 118 mil pessoas nas três cidades, quando a expectativa era 77 mil. Juntas, as prefeituras estimam gastar R$ 350 mil em montagem do palco, som e infraestrutura.
O Estado também sonha alto: a Secretaria de Estado da Cultura estima que 1 milhão de pessoas vão participar dos eventos em 20 cidades do interior, contra o público de 740 mil do ano passado.
Na região, um dos maiores saltos de público é esperado em Franca. A prefeitura aguarda de 35 mil a 40 mil pessoas, bem a mais do que as 23 mil do ano passado.
"Este ano, a divulgação foi mais completa em rádio, jornal e TV, e bem mais antecipada. No ano passado, a população foi meio surpreendida, mas neste ano já esperava a Virada", disse o diretor da divisão de cultura, Sérgio Menezes.
Ele diz que Franca conseguiu economizar recursos para montagem de palco e infraestrutura ao concentrar os shows no Teatro Municipal e no Ginásio de Esportes Pedrocão, já preparados para grande público. Também haverá peças teatrais no palco do Sesi.
Para Menezes, a qualidade dos artistas deve ser o maior atrativo. O samba dá o tom de hoje, com apresentação dos grupos Farofa Carioca na abertura, e Fundo de Quintal à meia-noite. O domingo abre espaço ao rock com Ratos de Porão, às 15h, e o Ultraje a Rigor, encerra o evento.
Em Ribeirão, a Secretaria da Cultura espera reunir 40 mil pessoas, mais do que as 35,7 mil que participaram dos eventos no ano passado.
Neste ano, a principal diferença é que os shows foram divididos em dois espaços. Se na edição passada os três palcos ficaram concentrados no Morro São Bento, desta vez os eventos menores acontecem no palco do Teatro Municipal. É o caso dos shows como Tributo a Dalva de Oliveira, do jazzista JJ Jackson e da cantora Tetê Espíndola.
Já o Parque Permanente de Exposições abrigará shows de grande porte, como o da abertura com a banda brasiliense Plebe Rude e o show da meia-noite com a banda Blitz. Amanhã, encerra a Virada a banda pernambucana Cordel do Fogo Encantado.
A secretária Adriana Silva (Cultura) disse que optou por retirar os grandes shows do espaço do Morro São Bento, entre outras razões, para preservar a vegetação e os animais da área.
A secretária tentará desta vez corrigir um erro da Virada passada -o público precisou esperar muito tempo entre um show e outro. "Trabalhamos para que haja neste ano mais sincronismo entre os shows."
Em Araraquara, recordista de público no ano passado com 59,3 mil pessoas, são esperadas 60 mil, com shows como Titãs, MV Bill e Sambasonics.
"Temos recebido muitas ligações de pessoas da região perguntando sobre os shows", disse a secretária Euzânia Andrade (Cultura). A prefeitura contará com 200 pessoas no evento, e mais 90 seguranças particulares.


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