Escritora há dez anos, ela participa do Café Filosófico sábado, na 9ª Feira do Livro de Ribeirão Preto

JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

Ela é abraçada por jovens, dá autógrafos e ganha presentes. Longe de ser uma celebridade, Thalita Rebouças, 34, é escritora. Há dez anos, descobriu um mercado carente de obras: o público adolescente -ou pré. Entre seus sucessos, está o livro "Fala Sério, Mãe", que figurou na lista dos mais vendidos. Ela participa do Café Filosófico sábado, às 14h, no Theatro Pedro 2º, dentro da Feira do Livro de Ribeirão. A seguir, trechos da entrevista à Folha.

FOLHA - Por que escolheu o público jovem para direcionar suas obras?
THALITA REBOUÇAS - Quando lancei "Traição Entre Amigas", dez anos atrás, descobri que o adolescente era um público carente. O livro era para um público jovem de 18 ou vinte e poucos anos e quem amou foram os adolescentes e pré-adolescentes. Descobri sem querer esse nicho de mercado, que estava totalmente inexplorado.

FOLHA - Quando está em feiras de livros, qual a reação do público?
THALITA - É incrível, quase uma coisa "Beatles". Eles têm uma reação comigo que nunca pensei que teriam com um escritor.

FOLHA - Isso ajuda a dar um salto para outro tipo de livro, com autores como Machado de Assis, etc.?
THALITA - É a proposta, fazer com que a partir dos meus livros passem para Machado, Dostoiévski e se encantem. A adolescência é uma época em que implicam com o livro. Por isso, criei a campanha "Ler é bacana".

FOLHA - Como é?
THALITA - Criei um broche na Bienal do Rio, em 2003. Sempre usei camisetas "Ler é bacana", "Ler é tudo de bom", quando ia a feiras. Fazia sucesso e decidi fazer broches. Mandei fazer mais 11 mil, não sei se estarão prontos para Ribeirão.

FOLHA - Por que há dificuldade de formar público leitor?
THALITA - Não posso falar de dificuldade. Acho que pelo contrário, é um público que continua ávido por livro. Veja só Harry Potter.


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