Ribeirão Preto, Sábado, 16 de Dezembro de 2000

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ADMINISTRAÇÃO
Projeto deve ser votado na próxima terça-feira pela Câmara; Palocci diz que momento não é adequado
Jábali quer pagar R$ 500 do pacto adjecto

DA FOLHA RIBEIRÃO

O prefeito de Ribeirão Preto, Luiz Roberto Jábali (PSDB), quer começar a pagar ainda este ano o pacto adjecto a cerca de 58 mil pessoas.
O tucano enviou anteontem um projeto de lei para a Câmara pedindo autorização para pagar R$ 500 para cada pessoa que tenha adquirido linha telefônica fixa da Ceterp (Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto) entre 1977 e maio de 1991.
Quando os compradores adquiriram as linhas, assinaram um contrato que previa que esses valores seriam um empréstimo para a prefeitura expandir a rede de telefonia da cidade, e que seriam devolvidos posteriormente.
Quando da privatização da empresa, a prefeitura foi obrigada, por uma emenda do vereador Antônio Carlos Morandini (PFL), a reservar uma parte das ações para o pagamento do pacto. Essas ações foram vendidas em setembro, e a prefeitura recebeu, em 11 de outubro, cerca de R$ 32 milhões por elas.
Anteontem, os vereadores aprovaram, a pedido de Morandini, a tramitação do projeto em regime de urgência especial. Ele deve voltar à pauta na sessão da próxima terça-feira.
"Chegou a hora de pagar isso", afirmou Jábali. Para ele, as pessoas têm direito a receber e isso será bom para o comércio da cidade, que vai receber uma injeção de R$ 32 milhões. De acordo com Jábali, das 58 mil pessoas que constam da relação da prefeitura, parte delas não têm mais direito de receber o pacto adjecto por terem vendido as linhas.
O prefeito eleito Antônio Palocci Filho (PT) disse que "não é adequado fazer esse pagamento nos últimos dias de governo". Ele se disse favorável à quitação, mas afirmou que essa não é uma questão simples.
"Nós já estudamos esse assunto. Os contratos não têm os mesmos valores", afirmou Palocci. Ele disse também que o pagamento agora pode se chocar com alguma decisão judicial contrária.
Na sessão de anteontem, a bancada do PT votou contra a tramitação do projeto em regime de urgência. Palocci criticou Jábali por ter feito o projeto sem consultá-lo antes. "Ele assumiu o compromisso de colocar na mesa todos os atos do final do governo", afirmou o petista.


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