Ribeirão Preto, Sábado, 17 de Janeiro de 2009

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Mães reclamam da mensalidade das escolinhas

DA FOLHA RIBEIRÃO

Com a caçula Luiza, 3, no colo e de mãos dadas com Letícia, 5, a administradora Carla Sofia Romero, 38, saía ontem de uma loja de material escolar em Ribeirão apenas com uma sacola com estojos.
É que mais tarde, preparava-se para buscar a caixa com o material das duas, o que lhe custaria R$ 400. Carla é uma das mães que mantêm filhos em escolas particulares, mesmo achando caro. A administradora paga R$ 500 da mensalidade de cada filha. "É pesado, mas é um investimento a longo prazo."
Casada com um gerente comercial, Carla mora em Bonfim Paulista. Ela conta que o bairro não tem rede municipal.
A administradora conta que outras amigas não conseguiram o mesmo feito. "Uma amiga minha ganhou agora o segundo filho e me disse que terá de ficar em casa para poder cuidar dos dois filhos."
A bancária Roberta Costa Benfati, 34, consegue da empresa uma ajuda de custo para pagar a escolinha de Marina, 5, e, agora, o berçário de Isabela, de seis meses. Juntas, as escolas das meninas custam por mês R$ 900.
Para a bancária, a principal razão para as creches particulares responderem menos pelo total de crianças é o custo da mensalidade. "Conheço gente que tirou da creche e pagou um valor a mais no salário para a empregada em casa também passar a olhar as crianças", disse.
A esteticista Rosana Tasca, 41, conta que aperta o orçamento para poder manter o filho Hevandro, 5, na escola particular. Ela paga por mês R$ 290. Além da mensalidade, preparava-se para pagar a lista de material escolar, que sairia por R$ 250.
Na opinião da esteticista, ainda é preferível um sacrifício do que matricular o filho na rede municipal. "A família tira da creche particular por falta de condições financeiras, não por opção. Eu não me sinto segura de deixar meus filhos em uma creche municipal", afirmou.


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