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Mães reclamam da mensalidade das escolinhas
DA FOLHA RIBEIRÃO
Com a caçula Luiza, 3,
no colo e de mãos dadas
com Letícia, 5, a administradora Carla Sofia Romero, 38, saía ontem de uma
loja de material escolar em
Ribeirão apenas com uma
sacola com estojos.
É que mais tarde, preparava-se para buscar a caixa
com o material das duas, o
que lhe custaria R$ 400.
Carla é uma das mães que
mantêm filhos em escolas
particulares, mesmo
achando caro. A administradora paga R$ 500 da
mensalidade de cada filha.
"É pesado, mas é um investimento a longo prazo."
Casada com um gerente
comercial, Carla mora em
Bonfim Paulista. Ela conta
que o bairro não tem rede
municipal.
A administradora conta
que outras amigas não
conseguiram o mesmo feito. "Uma amiga minha ganhou agora o segundo filho e me disse que terá de
ficar em casa para poder
cuidar dos dois filhos."
A bancária Roberta Costa Benfati, 34, consegue da
empresa uma ajuda de
custo para pagar a escolinha de Marina, 5, e, agora,
o berçário de Isabela, de
seis meses. Juntas, as escolas das meninas custam
por mês R$ 900.
Para a bancária, a principal razão para as creches
particulares responderem
menos pelo total de crianças é o custo da mensalidade. "Conheço gente que tirou da creche e pagou um
valor a mais no salário para a empregada em casa
também passar a olhar as
crianças", disse.
A esteticista Rosana
Tasca, 41, conta que aperta
o orçamento para poder
manter o filho Hevandro,
5, na escola particular. Ela
paga por mês R$ 290.
Além da mensalidade, preparava-se para pagar a lista de material escolar, que
sairia por R$ 250.
Na opinião da esteticista, ainda é preferível um
sacrifício do que matricular o filho na rede municipal. "A família tira da creche particular por falta de
condições financeiras, não
por opção. Eu não me sinto segura de deixar meus
filhos em uma creche municipal", afirmou.
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