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Foco
PF e Promotoria fecham bingo em Ribeirão pela segunda vez neste ano
DA FOLHA RIBEIRÃO
O Ministério Público e a
Polícia Federal lacraram ontem, pela segunda vez no ano,
o Bingo Beija Flor (antigo
Bingo Real), único em atividade na cidade, que funcionava desde a última sexta-feira
no prédio do antigo Cine São
Paulo, na rua São Sebastião,
região central de Ribeirão.
Segundo o promotor do
Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime
Organizado), Flávio Okamoto, o local funcionava com base em uma decisão judicial de
Caxias do Sul (RS), que não
vale para Ribeirão.
"Lacramos com base na decisão do TRF [Tribunal Regional Federal] de 2007, que
proíbe este tipo de atividade
especificamente neste endereço, mas a alegação deles é
totalmente irregular", disse.
Segundo Okamoto, na decisão em questão, a juíza gaúcha apenas julgou improcedente a tentativa de dissolução da empresa JR, registrada
lá, proposta pelo Ministério
Público local. "Não tem valor
como liminar", disse.
O MP havia notificado o estabelecimento na própria
sexta-feira, para evitar alegação de desconhecimento. O
prazo, de 48 horas, venceu às
15h30 de anteontem.
Um representante da casa,
que se identificou como Marcos Fábio, afirmou apenas
que "foi protocolado, às 16h,
no Ministério Público, documento com as razões pelas
quais nós podemos funcionar
legalmente".
O gerente da casa, Mario
Rampazzo, foi levado para a
sede da PF, onde foi lavrado
um Termo Circunstanciado
por desobediência. Nem ele
nem o advogado do bingo, que
chegou cerca de 20 minutos
depois da ação da polícia e
não se identificou, aceitaram
dar entrevista.
No momento da chegada
dos agentes da PF, cerca de
350 pessoas (a lotação máxima é de 400 pessoas) jogavam. Todos tiveram que sair
às pressas e deixar para trás
as cartelas inacabadas. Tanto
os usuários quanto os funcionários reclamaram da ação.
"Eles só fazem isso para estragar a diversão do povo.
Quem está aqui é porque
quer, não é obrigado", disse a
aposentada Maria Aparecida
de Castro Vieira, 64.
"São mais de 60 pessoas
com emprego aqui que amanhã já não têm mais o que fazer. Como resolver isso?",
questionou um funcionário
que não se identificou.
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