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Na volta às aulas, escola de SC dará apoio psicológico a vítimas de enxurrada
FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ILHOTA (SC)
É o início das aulas em uma
escola de Ilhota (SC) e a diretora pergunta aos alunos
quem precisou deixar a casa
em razão das chuvas há três
meses: a maioria ergue a mão.
Uma garota diz que mora
até hoje com 17 parentes. Um
menino diz ter visto a retirada de corpos dos escombros.
O trauma das enxurradas que
mataram 135 pessoas em SC é
tamanho que Maria José Debarba, a diretora, diz ser melhor nem lembrar do assunto.
"Com 15 pingos de chuva, a
gente já começa a levantar as
coisas [dentro de casa]", diz
Giovani Petry, 12.
Com cerca de 400 alunos, a
própria escola Alberto
Schmitt, no Morro do Baú, foi
atingida: uma quadra esportiva ficou parcialmente destruída -as aulas de educação
física terão de ser feitas no pátio, rodeado de lama. A poucos passos de uma das salas
está um barranco que deslizou na tragédia.
A diretora disse que vai
providenciar auxílio psicológico a alunos. "Muitos viram
coisas que não deveriam ter
visto." Em Ilhota, de 12 mil
habitantes e a 112 km de Florianópolis, 47 pessoas morreram pelas chuvas.
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