Ribeirão Preto, Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2009

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Na volta às aulas, escola de SC dará apoio psicológico a vítimas de enxurrada

FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ILHOTA (SC)

É o início das aulas em uma escola de Ilhota (SC) e a diretora pergunta aos alunos quem precisou deixar a casa em razão das chuvas há três meses: a maioria ergue a mão.
Uma garota diz que mora até hoje com 17 parentes. Um menino diz ter visto a retirada de corpos dos escombros. O trauma das enxurradas que mataram 135 pessoas em SC é tamanho que Maria José Debarba, a diretora, diz ser melhor nem lembrar do assunto.
"Com 15 pingos de chuva, a gente já começa a levantar as coisas [dentro de casa]", diz Giovani Petry, 12.
Com cerca de 400 alunos, a própria escola Alberto Schmitt, no Morro do Baú, foi atingida: uma quadra esportiva ficou parcialmente destruída -as aulas de educação física terão de ser feitas no pátio, rodeado de lama. A poucos passos de uma das salas está um barranco que deslizou na tragédia.
A diretora disse que vai providenciar auxílio psicológico a alunos. "Muitos viram coisas que não deveriam ter visto." Em Ilhota, de 12 mil habitantes e a 112 km de Florianópolis, 47 pessoas morreram pelas chuvas.


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