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Operário morre soterrado em obra de alto padrão
Bombeiros trabalharam nove horas para retirar da terra o corpo de José Nildo Almeida Ribeiro, 25
LUIZA PELLICANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
O ajudante de serviços gerais
José Nildo Almeida Ribeiro, 25,
morreu soterrado na manhã de
ontem quando começava seu
dia de trabalho num edifício de
alto padrão na zona sul de Ribeirão Preto. Ribeiro, que veio
da Bahia, trabalhava havia quatro meses na construtora.
De acordo com funcionários,
outro operário também foi soterrado, mas foi resgatado pelos colegas. O corpo de Ribeirão
só foi retirado da terra após nove horas de trabalho.
Quando a terra desabou, Ribeiro estava dez metros abaixo
do nível da rua. Seu trabalho
era escavar e retirar a água do
local para a construção de uma
sapata, a parte mais larga e inferior do alicerce, no terceiro
subsolo do edifício Cenário Ribeirão, da Halna Empreendimentos Imobiliários.
O corpo de Ribeiro ficou soterrado a aproximadamente
quatro metros de profundidade
-os bombeiros estimam que
cerca de uma tonelada de terra
caiu sobre ele. Peritos da Polícia Civil disseram que a hipótese mais provável para o acidente foi a falta de escoramento.
Vinte e cinco bombeiros trabalhavam no resgate do corpo.
Quando o serviço começou,
houve outro desmoronamento
e foi preciso escorar a terra.
O auditor do Ministério do
Trabalho, Edson Brim, disse
que foram constatadas irregularidades na construção, como
a falta de um muro de arrimo,
para dar sustentação à obra,
que foi parcialmente embargada. "Os proprietários serão notificados e multados", afirmou.
A construtora, via assessoria
de imprensa, lamentou o acidente e disse que está apurando
os fatos. Informou ainda que
que dará todo apoio aos familiares do funcionário.
A Halna Empreendimentos
Imobiliários pretendia entregar os apartamentos, que custam de R$ 400 mil e R$ 850 mil,
antes de janeiro de 2011.
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