Ribeirão Preto, Sábado, 17 de Julho de 2010

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Acordo deve retomar a produção na Galo Bravo

Objetivo é colocar usina em operação para tentar saldar parte das dívidas

Dívida da usina apenas para o pagamento de salários atrasados dos funcionários é de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões


PAULO GODOY
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Funcionários e o representante da família dona da usina Galo Bravo ensaiaram ontem o que pode ser um acordo temporário para salvar a empresa e garantir o pagamento de, ao menos, parte dos salários atrasados.
A usina deve voltar a funcionar neste final de semana.
Pela manhã, Alexandre Balbo, da família que controla a usina, esteve reunido com um grupo de aproximadamente cem funcionários. Deixou clara a dificuldade em quitar os pagamentos de funcionários e fornecedores.
"Simplesmente não há dinheiro", afirmou Balbo à Folha, por telefone.
A proposta fechada inclui a volta de trabalhadores da indústria e de 300 cortadores para o campo a partir deste final de semana.
Em 15 dias, calcula o empresário, com a cana sendo moída, será possível produzir álcool e açúcar em volume necessário para o amortecimento da dívida. Só o valor devido pela usina em salários atrasados é de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões.
Genival Vieira Silva, funcionário da Galo Bravo há sete anos, disse que não pretende continuar na empresa. Para ele, é melhor receber o seguro desemprego que acreditar nas promessas.
Balbo disse que não "daria a cara" para bater se não tivesse intenção de resolver a situação dos empregados.
Na parte industrial da Galo Bravo, perto de 3.000 toneladas de cana esperam para ser moídas. Segundo os funcionários, a cana apodreceu e já não serve para mais nada. "A sacarose já era", disse um empregado.
A usina tem capacidade para produzir 600 mil litros de álcool e de 8.000 a 11 mil sacas de açúcar por dia.


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