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Acordo deve retomar a produção na Galo Bravo
Objetivo é colocar usina em operação para tentar saldar parte das dívidas
Dívida da usina apenas para o pagamento de salários atrasados dos funcionários é de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões
PAULO GODOY
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
Funcionários e o representante da família dona da usina Galo Bravo ensaiaram ontem o que pode ser um acordo temporário para salvar a
empresa e garantir o pagamento de, ao menos, parte
dos salários atrasados.
A usina deve voltar a funcionar neste final de semana.
Pela manhã, Alexandre
Balbo, da família que controla a usina, esteve reunido
com um grupo de aproximadamente cem funcionários.
Deixou clara a dificuldade
em quitar os pagamentos de
funcionários e fornecedores.
"Simplesmente não há dinheiro", afirmou Balbo à Folha, por telefone.
A proposta fechada inclui
a volta de trabalhadores da
indústria e de 300 cortadores
para o campo a partir deste
final de semana.
Em 15 dias, calcula o empresário, com a cana sendo
moída, será possível produzir álcool e açúcar em volume necessário para o amortecimento da dívida. Só o valor devido pela usina em salários atrasados é de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões.
Genival Vieira Silva, funcionário da Galo Bravo há sete anos, disse que não pretende continuar na empresa.
Para ele, é melhor receber o
seguro desemprego que
acreditar nas promessas.
Balbo disse que não "daria
a cara" para bater se não tivesse intenção de resolver a
situação dos empregados.
Na parte industrial da Galo Bravo, perto de 3.000 toneladas de cana esperam para ser moídas. Segundo os
funcionários, a cana apodreceu e já não serve para mais
nada. "A sacarose já era",
disse um empregado.
A usina tem capacidade
para produzir 600 mil litros
de álcool e de 8.000 a 11 mil
sacas de açúcar por dia.
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