ANGELO SASTRE
free-lance para a Folha Ribeirão

A polícia ainda não conseguiu nenhuma pista sobre nove dos dez presos que escaparam no último sábado da Penitenciária de Araraquara, que é considerada de segurança máxima e modelo no Estado.
Na ocasião, um grupo de pelo menos cinco pessoas, utilizando metralhadoras, pistola automática e um fuzil AR-15, invadiu o prédio e libertou dez detentos. A maioria cumpria pena por roubo a banco.
Durante a fuga, parte do grupo roubou oito carros, sequestrou um ônibus de bóias-frias e usou até uma lancha. No total, eles fizeram 20 reféns no percurso entre Araraquara e Cajamar, onde libertaram os últimos dois reféns. Até ontem à noite, a polícia tinha prendido apenas Evaldo Aparecido Maria, que tinha sido resgatado, e Marcos Rogério Barbosa, que participou da equipe de apoio.
O diretor da penitenciária, Leandro Pereira, abriu sindicância interna e um inquérito policial para apurar uma possível facilitação na fuga.
Essa foi a primeira fuga em massa do presídio, que funciona há 21 anos. O prédio possui capacidade para 700 presos, mas conta com 800. De acordo com a direção, a maioria das celas abriga apenas um detento.
O presidente da Coespe (Coordenadoria dos Estabelecimentos Penitenciários do Estado), Lourival Gomes, não quis comentar o assunto.



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