Ribeirão Preto, Sábado, 17 de Setembro de 2011

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Jovem morre atropelado durante micareta da Tusca

Evento registra ainda 15 casos de coma alcoólico entre os participantes

Apesar de a festa em São Carlos também ter registrado morte no ano passado, evento continua hoje e amanhã

Márcia Ribeiro/Folhapress
Enterro de Bruno de Oliveira, no cemitério das Cruzes

ELIDA OLIVEIRA
ENVIADA ESPECIAL A ARARAQUARA

Um jovem de 23 anos morreu atropelado na noite de anteontem no Corso, espécie de micareta que abre as competições da 32ª Tusca (Taça Universitária de São Carlos).
É o segundo ano seguido que o evento, que reúne alunos da USP e da UFSCar, registra morte de estudantes. No ano passado, um aluno da USP foi achado morto.
Além da morte, o evento registrou ainda 15 casos de coma alcoólico, segundo a assessoria da Tusca.
Apesar disso e do protesto da família da vítima, que quer o fim da festa, a Tusca continua normalmente até amanhã. Segundo a polícia, a morte deste ano foi provocada por um atropelamento.
Bruno Cristiano de Oliveira, aluno de um curso técnico de química, acompanhava o trio elétrico do Corso quando caiu e teve a cabeça esmagada por um dos seis caminhões de apoio ao evento que vendem bebida alcoólica.
Fernando de Oliveira, 21, irmão de Bruno, estava com ele e viu tudo. Fernando contou à família que seu irmão esbarrou em uma pessoa, que revidou com um soco.
Segundo relato de jovem aos familiares, Oliveira caiu com o impacto da agressão e teve a cabeça esmagada pelo pneu do caminhão.
O enterro de Oliveira aconteceu ontem em Araraquara, cidade onde mora a maior parte da família dele.
De acordo com o delegado Edmundo Ferreira Gomes, há duas versões para o caso.
Além da agressão, testemunhas disseram que Bruno caiu porque estava bêbado, o que é negado pela família.
Segundo a polícia, a perícia técnica vai avaliar o caminhão de apoio, já que ele não tinha grades protetoras entre os pneus, exigência em veículos usados em trios elétricos e micaretas.
Samuel Prisco, assessor da Tusca, informou que neste ano foram investidos R$ 88 mil para contratar pessoas especializadas em segurança. De acordo com ele, havia oito profissionais em cada caminhão de apoio.


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