Ribeirão Preto, Quarta-feira, 17 de Novembro de 2010

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FOCO

Comerciantes constroem barreiras para evitar cheias

DE RIBEIRÃO PRETO

Vitrines vedadas, degraus e muita preocupação. É tudo que sobrou para o responsável técnico Rafael Targas, 26, combater os constantes alagamentos que invadem a loja de acessórios automotivos Pantera, na avenida Antonio Paschoal, na região central de Sertãozinho.
Na loja, três degraus construídos impedem que a água vinda da enchente do córrego Sul invada o depósito de produtos. Os degraus ainda estão presentes nos banheiros e no refeitório da loja.
"Quando dá enchente, a água chega até aqui [mostra com a mão]. E se os caminhões passam pela rua no dia de chuva, as ondas provocadas chegam a bater nas vitrines. Por isso vedamos todas elas com silicone", diz.
A última enchente registrada foi há cerca de sete meses. Apesar disso, ele afirmou que não vale a pena correr atrás de responsáveis pelos prejuízos. "A gente só perde tempo e dinheiro. Enquanto não resolvem os problemas dos alagamentos, vamos dando um jeito", disse.
Na rua Epitácio Pessoa, distante uma quadra da loja de acessórios automotivos, o proprietário da oficina mecânica Quatro Rodas, Roberto Carlos Vinha, 45, improvisou uma barreira contra a água.
Quando o córrego transborda, ele coloca placas de ferro vedadas com borracha para impedir o avanço da enchente no comércio.
"Criei esse sistema faz uns seis anos, depois de suportar muitas enchentes, a maioria delas bem desagradáveis", disse Vinha. O comerciante afirmou que nunca colocou os prejuízos na ponta do lápis "para não ter uma decepção maior ainda".
O dono da oficina mecânica contou que a água sobe rapidamente porque falta escoamento. "Vamos ver se as obras garantirão nossa tranquilidade agora", disse.


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