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CATANDUVA
Presidente da CPI quer propor delação premiada a acusados
DA FOLHA RIBEIRÃO
O senador Magno Malta
(PR-ES), presidente da CPI
da Pedofilia, pretende propor à Justiça a delação premiada aos demais acusados
de formar uma rede de pedofilia em Catanduva. De hoje
até sexta-feira, a comissão de
quatro senadores começa a
ouvir, em audiência pública
na Câmara, testemunhas,
suspeitos e vítimas do caso.
Malta já havia feito a proposta ao borracheiro José
Barra Nova de Melo, 46, primeiro preso acusado de abusar de pelo menos 18 crianças. Na ocasião, foi dado prazo de 15 dias, que vence hoje,
quando Melo presta depoimento à comissão. "Se forem
espertos, sabem que a pena
para eles é pesada. Podemos
encurtar o caminho com a
delação", disse Malta.
Para o vice da comissão,
senador Romeu Tuma (PTB-SP), que deve chegar hoje a
Catanduva, a ideia não é a
melhor forma de proceder.
"Não acho boa ideia nem necessário. Se há o reconhecimento das crianças, temos
que buscar a materialização
das provas. Não se deve dar
colher de chá a bandidos dessa envergadura. É um crime
terrível", afirmou Tuma.
Para o vice-presidente, a
concessão de delação premiada ao borracheiro já foi
um erro. "Só se deve dar um
benefício desse em caso que
sabemos que a pessoa pode
entregar uma rede toda, o
que não pareceu ser o caso."
Hoje, a convite, a CPI ouve
Maria Cecília Castro Sanches, delegada que abriu o
primeiro inquérito do caso, e
Edmilson Marques, diretor
da escola onde teriam ocorrido os aliciamentos.
Como convocados, depõem Melo, seu sobrinho
Willian Mello de Souza, 19, e
José Emanuel Volpon Diogo,
44, empresário que segue foragido. Os demais acusados,
entre eles o médico Wagner
Rodrigo Brida Gonçalves, 31,
também foragido, falam
amanhã. Caso não apareçam,
os senadores devem fazer
uma convocação coercitiva,
com buscas feitas pela PF.
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