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Criminosos de São Carlos matam jovem em "micro-ondas"
Após ser torturada, vítima foi queimada viva dentro de pneus no aterro sanitário do município
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Um homem de 25 anos morreu queimado vivo dentro de
pneus de carro no aterro sanitário de São Carlos, em ação
realizada por quatro homens
que o julgaram, torturaram e
decidiram a pena.
Antes de ser queimado vivo,
uma ação que criminosos chamam de "forno micro-ondas",
Paulo Sérgio da Silva Bochi foi
levado a uma casa no bairro cidade Aracy, periferia da cidade,
onde foi torturado e espancado,
segundo a polícia.
O crime aconteceu no dia 18
de novembro, mas só anteontem à noite a DIG (Delegacia de
Investigações Gerais) descobriu a identidade de um dos
suspeitos do crime.
Segundo o delegado Geraldo
Souza Filho, Bochi foi queimado por Thiago Vidal da Silva,
24, e por outros três suspeitos
que participaram do julgamento -a polícia não divulgou seus
nomes. Os quatro estavam foragidos até ontem à noite.
De acordo com polícia, Silva e
Bochi participaram do assalto a
um supermercado em agosto.
Ambos foram indiciados por
roubo, mas respondiam em liberdade pelo crime.
A suspeita do delegado é que
Bochi entregou Silva à polícia e,
depois, foi julgado pelo restante da quadrilha. Silva, suspeito
de ter ateado fogo, foi atendido
em um hospital de Nova Europa -cidade vizinha, onde mora
sua mulher- com queimaduras nos braços.
O corpo de Bochi foi encontrado dois dias depois, no aterro sanitário da cidade. "O corpo
estava destroçado e irreconhecível. A identificação foi possível apenas com a arcada dentária", disse Souza Filho.
Há sete anos, o jornalista
Tim Lopes, da TV Globo, foi assassinado da mesma forma. Ele
fazia uma reportagem com
uma câmera escondida sobre
bailes funk e exploração de menores no morro Vila Cruzeiro,
no Rio de Janeiro, quando foi
reconhecido por traficantes.
Ele foi morto e esquartejado
antes de ser queimado.
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