Ribeirão Preto, Segunda-feira, 19 de Janeiro de 2009

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Sindicato diz temer "aproveitamento" da crise por empresariado da região

DA FOLHA RIBEIRÃO

Além do temor de cortes de funcionários, outra preocupação dos sindicalistas da região é sobre um possível "aproveitamento" da crise por parte dos empresários.
"O problema é que nós sabemos que algumas indústrias podem aproveitar o momento de crise para levar vantagem em cima do funcionário. Até o momento, não identificamos nenhum caso, mas é preocupante", disse Élio Cândido, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ribeirão.
De acordo com a Constituição, é possível reduzir os salários dos trabalhadores desde que haja acordo coletivo, entre sindicatos e empresas, ou convenção coletiva, firmada entre sindicato patronal e sindicato de trabalhadores. A Constituição não prevê reduções de salário, embora haja leis que as limitem em 25%.
Segundo o sindicato, dificilmente alguma indústria conseguirá aplicar redução de jornada ou banco de horas sem que haja uma garantia de manutenção dos empregos. "Para o trabalhador, aceitar essa proposta sem garantias seria como financiar a própria demissão."
A redução de jornada traz queda proporcional no salário. Já o banco de horas posterga o pagamento de horas-extras, fazendo com que os funcionários continuem a trabalhar, mas com economia para a empresa.


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