Ernesto Rodrigues/Folha Imagem

Vista geral do jardim Japonês, no Bosque Municipal Fábio Barreto de Ribeirão, na região central

da Folha Ribeirão

O Bosque Fábio Barreto será reaberto este ano, quando completa seu centenário, reformado e com o dobro de animais.
O local estava fechado desde outubro de 96 porque não cumpriu exigências do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), como, por exemplo, aumentar o espaço dos cativeiros.
A prefeitura já gastou, ao longo de quase três anos, cerca de R$ 1,6 milhão para reformar os recintos dos animais e adaptar o local, de acordo com a lei, para a visitação pública.
Segundo José Walter Figueiredo, diretor de gestão ambiental do município, a idéia era entregar o bosque hoje, na data do aniversário da cidade.
"As obras terminaram no prazo, mas os animais precisam de um tempo para adaptação e para serem transferidos", disse.
A Secretaria do Planejamento e Gestão Ambiental estuda reabrir o bosque para visitação até o próximo mês.

História
O bosque foi criado em 4 de março de 1899, quando os vereadores desapropriaram, por meio de votação, a mata do Cipó (atual morro do São Bento), onde fica hoje o Jardim Paulista.
Contudo o projeto do bosque somente saiu do papel em 1907, na gestão do prefeito interino Renato Jardim.
Na área, de aproximadamente 22 hectares, estão dois tipos de florestas e 120 espécies de animais, a maioria da fauna nacional.
Quando foi interditado pelo Ibama, em outubro de 96, segundo a prefeitura, havia no bosque cerca de 200 animais.
"Todo trabalho agora será voltado para a educação ambiental", afirmou Figueiredo.
A direção do bosque já treinou este ano 80 monitores, todos voluntários, para acompanhar os visitantes.
Aproximadamente 1 milhão de pessoas deve passar pelo local durante um ano, segundo estimativa preliminar feita pela prefeitura.
Na lista de novidades preparadas para a reinauguração se destacam a casa dos répteis e as passarelas sobre os recintos dos animais.
A direção do bosque também irá organizar caminhadas pelos dois tipos de florestas retratadas no bosque - uma mais densa e outra mais aberta, a exemplo do que havia na região em abundância antes do povoamento.



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