Ribeirão Preto, Quarta-feira, 19 de Julho de 2000


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ELEIÇÕES
Morandini, Avelino e Campos dizem que não vendem o Daerp
Candidatos oficializam posição contra privatização

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Três dos seis candidatos a prefeito de Ribeirão Preto devem registrar em cartório, até amanhã, que são contra a privatização do Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto).
Os candidatos são o pefelista Antônio Carlos Morandini, José Avelino Franco do Amaral (PPB) e Dácio Campos (PPS).
Morandini disse que o documento está sendo redigido por sua assessoria jurídica e que o registro será feito amanhã. Amaral e a assessoria de Campos, ao serem informados pela reportagem da Folha sobre a disposição de Morandini, disseram que farão os registros hoje.
Francisco Noronha (PSTU) também disse que é contra a privatização do órgão. Antonio Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e Antônio Palocci Filho (PT) têm a mesma posição, embora não devam registrar um documento. "Minha palavra basta", afirmou o tucano.
Depois da privatização da Ceterp (Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto) e da entrega de todas as linhas de ônibus urbano à iniciativa privada, assessores de candidatos apostam que a privatização do Daerp deve ser a principal discussão da campanha.
Morandini disse que fará o registro e vai convidar seus adversários para também assinarem o documento. O pefelista disse que seu projeto é melhorar a qualidade dos serviços do Daerp e reduzir as perdas da rede. Segundo ele, perde-se na rede cerca de 50% de toda a água produzida.
"Não vou privatizar nem abrir o capital do Daerp. Ou melhor, o que sobrou dele, porque o tratamento de esgoto já foi", disse o pefelista, referindo-se à concessão do sistema de tratamento de esgoto feita pelo então prefeito Palocci, em 1996.
O vencedor da licitação para a concessão do tratamento de esgoto foi o consórcio Ambient, composto pela construtora Rek, que também fazia a coleta de lixo na cidade, e pela norte-americana C2MHill.
O consórcio Ambient não obteve financiamento para acabar as obras e a espanhola OHL comprou parte do consórcio para tocar o projeto. Amaral disse que foi contra a concessão do tratamento de esgoto. À época, ele era candidato a vice-prefeito pelo PPB.
Noronha disse que também pode registrar um documento com sua posição. "Sou contra qualquer privatização", afirmou.
A Folha não conseguiu falar com Campos.


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