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Prefeitura deve propor redução de fachadas de lojas
Planejamento levará em conta cinco eixos: lazer, moradia, trabalho, circulação e segurança pública
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Prefeitura de Ribeirão prepara um raio-x do centro da cidade para, com base no estudo,
propor melhorias urbanísticas
no quadrilátero central.
O diagnóstico será conduzido pela Secretaria do Planejamento e Gestão Pública terá
cinco eixos: moradia, trabalho,
circulação, lazer e segurança.
"Vamos identificar, com a ajuda de estagiários de arquitetura, que farão o trabalho de campo, o que a cidade oferece nessas áreas, o que leva as pessoas
a morar no centro, quais mudanças houve nos últimos anos
e o que deve ser feito para melhorar a região urbanisticamente", disse o arquiteto José
Antonio Lanchoti, responsável
pelo levantamento.
De acordo com ele, já existe
ao menos um consenso em relação às conclusões que o estudo deve apontar: a redução das
fachadas -os letreiros de propaganda dos estabelecimentos
comerciais são considerados os
maiores causadores de poluição visual do centro.
A prefeitura deve elaborar,
segundo Lanchoti, um projeto
de lei para tornar obrigatória a
redução das fachadas dos 2.200
estabelecimentos comerciais
do centro -mas a proposta só
deve ser levada à Câmara com o
raio-x já pronto.
Com base no estudo, que não
tem data para ficar pronto, a
administração deve pleitear
verbas do Ministério das Cidades para intervenções.
Para o vice-presidente da
ACI-RP (Associação Comercial
e Industrial de Ribeirão Preto),
Luca Cabarite, o projeto de revitalização do centro tem também de incentivar a construção
de moradias em áreas degradadas, além da recuperação visual
das áreas comerciais.
"Tudo o que interfere no aspecto visual urbano prejudica",
afirma Cabarite.
"O principal problema no
centro, que gera muitos outros,
é a circulação", afirma José Roberto Geraldini Júnior, coordenador do curso de arquitetura e
urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá.
Segundo ele, apesar de receber um grande fluxo diário de
pessoas, o centro tem um sistema viário deficiente, que não
comporta o tráfego de veículos.
A solução, diz, é priorizar o
transporte público.
A regulamentação urbana é
outro desafio a ser enfrentado
no processo de recuperação das
áreas centrais, de acordo com o
urbanista.
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