Ribeirão Preto, Domingo, 19 de Julho de 2009

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Prefeitura deve propor redução de fachadas de lojas

Planejamento levará em conta cinco eixos: lazer, moradia, trabalho, circulação e segurança pública

DA FOLHA RIBEIRÃO

A Prefeitura de Ribeirão prepara um raio-x do centro da cidade para, com base no estudo, propor melhorias urbanísticas no quadrilátero central.
O diagnóstico será conduzido pela Secretaria do Planejamento e Gestão Pública terá cinco eixos: moradia, trabalho, circulação, lazer e segurança. "Vamos identificar, com a ajuda de estagiários de arquitetura, que farão o trabalho de campo, o que a cidade oferece nessas áreas, o que leva as pessoas a morar no centro, quais mudanças houve nos últimos anos e o que deve ser feito para melhorar a região urbanisticamente", disse o arquiteto José Antonio Lanchoti, responsável pelo levantamento.
De acordo com ele, já existe ao menos um consenso em relação às conclusões que o estudo deve apontar: a redução das fachadas -os letreiros de propaganda dos estabelecimentos comerciais são considerados os maiores causadores de poluição visual do centro.
A prefeitura deve elaborar, segundo Lanchoti, um projeto de lei para tornar obrigatória a redução das fachadas dos 2.200 estabelecimentos comerciais do centro -mas a proposta só deve ser levada à Câmara com o raio-x já pronto.
Com base no estudo, que não tem data para ficar pronto, a administração deve pleitear verbas do Ministério das Cidades para intervenções.
Para o vice-presidente da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), Luca Cabarite, o projeto de revitalização do centro tem também de incentivar a construção de moradias em áreas degradadas, além da recuperação visual das áreas comerciais.
"Tudo o que interfere no aspecto visual urbano prejudica", afirma Cabarite.
"O principal problema no centro, que gera muitos outros, é a circulação", afirma José Roberto Geraldini Júnior, coordenador do curso de arquitetura e urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá.
Segundo ele, apesar de receber um grande fluxo diário de pessoas, o centro tem um sistema viário deficiente, que não comporta o tráfego de veículos. A solução, diz, é priorizar o transporte público.
A regulamentação urbana é outro desafio a ser enfrentado no processo de recuperação das áreas centrais, de acordo com o urbanista.


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