Ribeirão Preto, Domingo, 19 de Julho de 2009

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Rock cresceu com a tecnologia, diz João Baroni

DA FOLHA RIBEIRÃO

Membro da geração do rock brasileiro dos anos 80, o baterista João Baroni, 46, do Paralamas do Sucesso, disse à Folha que a tecnologia permitiu que o estilo de música se democratizasse e que surgissem mais bandas, não dependentes das gravadoras. A seguir, trechos da entrevista.

 

FOLHA - O show em Ribeirão terá algo da elogiada nova turnê da banda, "Brasil Afora"?
JOÃO BARONI
- Não, o show que vamos fazer aí é o Trio Tons, um formato gratuito para grandes plateias, com a orquestra e músicos convidados. Este evento já aconteceu no ano passado com outros convidados: Frejat, Nando Reis, Vanessa da Mata. Mas não vou entregar o ouro. É para o pessoal chegar na hora e ver.

FOLHA - Como é tocar com essa mistura de rock e música clássica?
BARONI
- A orquestra tocará um repertório muito conhecido da história da música clássica. É interessante porque o público adora isso. E eu também gosto muito de música clássica.

FOLHA - Como foi a escolha dos convidados, por exemplo, o Toni, que é muito inspirado no reggae, como vocês?
BARONI
- Já tocamos juntos em outras edições, ele acompanhado da Vanessa da Mata e da Daniela Mercury. Todos sabem que Paralamas e Cidade Negra já fizeram muitos shows juntos.
A gente participou do último DVD do Cidade Negra. Enfim, a gente bate essa bola com todo o entrosamento. E a Ana Cañas é um talento que está despontando, uma nova voz na cena.

FOLHA - Paralamas é um dos ícones dos anos 80. Hoje como está o rock brasileiro?
BARONI
- Acho que o rock brasileiro está muito bem representado e direcionado para o que virou a música hoje, que é algo muito amplo. Hoje em dia, você não tem mais uma demanda daquela forma muito opressiva de consumir, de divulgar a música, como era naquele formato das gravadoras daquela época. O que está acontecendo é a adequação dessa amplitude que existe hoje de meios de divulgar e lançar música. O rock brasileiro está indo para o lugar para o qual ele tem de ir. Hoje em dia, essa diversidade é muito maior. Aí, de vez em quando, desponta mais alguém, um CPM, um Charlie Brown, uma Pitty. Há uma facilidade de gravar um álbum, você pode fazê-lo no quarto da sua casa. Se na nossa época era difícil porque o funil era pequeno, hoje em dia a coisa é até um pouco mais difícil, porque a diversidade é muito grande, a quantidade de pessoas fazendo música hoje é alta, democratizou muito. É bom, porque isso foi algo sonhado por muita gente na nossa época.


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