da Folha Ribeirão

A 22ª edição da Feapam (Feira Agropecuária da Alta Mogiana), realizada em agosto, deu um prejuízo de R$ 272.830,89 à Coderp (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto) e pode ser privatizada já a partir do próximo ano.
A feira teve receita líquida de R$ 874.375,06 e despesa de R$ 1.147.375,95. A falta de público é o principal motivo do prejuízo, segundo a Coderp.
De acordo com o diretor-superintendente da Coderp, Walter Mello, o balanço mostra que a feira se tornou inviável e que o poder público não deve continuar investindo no evento se ele estiver dando prejuízo.
Mello defende a transferência da realização da Feapam à iniciativa privada. "Precisamos tirar o ônus do contribuinte, que, no fim das contas, é quem está pagando por isso", diz Mello.
Para ele, se o poder público continuar na administração, será necessário fazer um redimensionamento da feira.
"A Feapam tem que ter o tamanho que merece. Fizemos um evento para 500 mil pessoas e, neste ano, tivemos 92 mil."

Parque
O diretor-superintendente da Coderp afirma que o prejuízo provocado pela Feapam é histórico, mas vem sendo "maquiado" na forma como é apresentado o balancete da feira.
Segundo Mello, nos balanços anteriores aparecia um saldo positivo porque o prejuízo era registrado como custo do Parque Permanente de Exposições, administrado pela Coderp.
Levantamento feito pela Coderp aponta que o parque consumiu R$ 10.763.296,70 da companhia nesta década. Como a receita no período foi de R$ 2.563.633,00, o Parque Permanente acumula um prejuízo de R$ 8.199.633,70 desde 90.
O presidente do diretório do PT de Ribeirão, Newton Mendes Garcia, que foi superintendente da Coderp, afirma que, na gestão anterior, a feira não deu prejuízo.
"Tivemos 176 mil pagantes em 96 e um pequeno lucro", diz. Garcia afirma que a privatização não é a solução para a Feapam. "O objetivo não é dar lucro. Além de uma festa popular, a Feapam é uma feira de negócios."

A Feapam em 99
Receita líquida: R$ 874.375,06
Receita com locação de áreas: R$ 446.217,00
Receita com bilheteria: R$ 424.754,00
Receita com patrocínio: R$ 55.400,00
Despesas: R$ 1.147.205,95
Prejuízo: R$ 272.830,89
Público: 92 mil visitantes


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