Objetivo é atrair os compradores que utilizam os programas de financiamento do governo federal

DA FOLHA RIBEIRÃO

As grandes fabricantes de tratores que neste ano voltam a participar da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) em Ribeirão Preto apostam na venda de equipamentos de menor potência que se enquadram em programas de financiamento do governo federal.
Com novo design e promessa de economia de combustível, o maior atrativo de novos modelos de tratores da feira é terem sido desenvolvidos com foco no Programa Mais Alimentos.
A Massey Ferguson, por exemplo, desenvolveu dois tratores com potência de 65 cv e 75 cv, que se enquadram nessa categoria. A Valtra, embora vá lançar na Agrishow a Série BT (tratores da linha pesada com transmissão automática), também está de olho nos pequenos produtores. A empresa terá dois novos modelos, de 50 cv e 65 cv, para se enquadrar na linha de financiamento.
Destaque no ramo de tratores para a agricultura familiar, a Agrale lança um modelo de caminhão destinado ao programa, além da linha de tratores de baixa potência, voltada para as culturas de café e frutas.
Para participar do evento, a New Holland vai mostrar aos visitantes uma nova linha de tratores voltadas para o setor canavieiro. Ainda assim, não deixará de apostar no impulso que as linhas de crédito governamentais podem dar às vendas na feira: vai oferecer a linha TL Exitus, de menor custo. Com potência que varia de 65 cv a 103 cv, esses tratores terão como atrativo neste ano a versão com cabine.
Com boas expectativas, a Case IH também vai apresentar linha de colheitadeiras e tratores -com destaque para os de baixa potência- para atrair o público interessado em aproveitar a facilidade do crédito.
O Programa Mais Alimentos é uma linha lançada em 2008, que financia equipamentos de até R$ 100 mil. O agricultor pode pagar em até dez anos, com juros anuais de 2% e três anos de carência.
A 17ª Agrishow acontece na próxima semana (de 26 a 30) e terá mais de 700 expositores.
As cinco principais montadoras de tratores do mundo, ligadas à Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores)-, não participaram da feira de 2009, o que, entre outros fatores, motivou a queda de 15% no volume de negócios. (LIGIA SOTRATTI)


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