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DIREITOS HUMANOS
Ouvidor quer afastamento de PMs acusados de ameaças
DA FOLHA RIBEIRÃO
O ouvidor das polícias do
Estado de São Paulo, Luiz
Gonzaga Dantas, vai recomendar ao Comando-Geral
da Polícia Militar no Estado
que afaste temporariamente
quatro policiais militares de
Sertãozinho, que são acusados de fazer ameaças a um
adolescente e a sua família.
Acompanhado de integrantes da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos, Dantas esteve ontem em
Sertãozinho para ouvir as vítimas das supostas ameaças,
além de autoridades policiais
do município.
O caso envolve um jovem
de 15 anos que foi baleado em
março, durante uma ação policial. A família do menor diz
que não houve troca de tiros,
versão que é sustentada pelos policiais. Desde que foi
baleado, o adolescente está
internado na Santa Casa de
Sertãozinho. A família dele e
sua advogada afirmam que,
depois do fato, as ameaças
feitas pelos policiais continuaram a ocorrer.
Dois inquéritos policiais,
um na PM e outro na Polícia
Civil, foram abertos para
apuração do caso em Sertãozinho. O ouvidor disse ter
observado que as investigações ocorrem de maneira
correta, mas que vai recomendar o afastamento dos
policiais envolvidos.
"Até para que possam ter
direito de defesa", afirmou.
Dantas disse que vai avaliar a
possibilidade de solicitar a
inclusão do adolescente,
seus familiares e sua advogada, todos alvos das supostas
ameaças, em um programa
de proteção à testemunha.
Mas isso, segundo o ouvidor, vai depender de uma
avaliação prévia e precisa
ocorrer de forma voluntária.
"Não pode ser à força", disse.
Dantas afirmou ainda que as
subseções da OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil) de
Franca e Ribeirão também
estão acompanhando o caso.
Os nomes dos policiais envolvidos nas denúncias não
foram revelados.
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