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Boia-fria chega a viajar 40 quilômetros a mais para trabalhar em lavouras
DA ENVIADA ESPECIAL A JABORANDI
O movimento na ponte interditada do rio Pardo começa cedo. Às 6h, os primeiros a
fazer a travessia são os trabalhadores rurais que, antes do
trabalho nos canaviais, precisam romper o primeiro
obstáculo. De um lado da
ponte, um ônibus os deixa e,
do lado oposto, outro ônibus
os espera.
De acordo com Alexandre
Gutemberg dos Santos, 26,
que trabalha em uma fazenda de Morro Agudo e mora
em Jaborandi, todos os dias
a rotina é assim. "De manhã,
fica cheio de gente cruzando
a ponte." Segundo outros
trabalhadores, o lugar chegou a receber até cem pessoas, número que caiu devido à redução de transporte.
"Uma condução deu problema e tem turma [de
boias-frias] que está dando a
volta e, com isso, aumenta
40 quilômetros por viagem.
Fica difícil utilizar a ponte
porque tem sempre que ter
dois ônibus à disposição",
disse um funcionário, que
não quis se identificar.
Rafael Piopenques, 23,
trabalha com transporte de
cana em Morro Agudo e, morador de Jaborandi, cruza de
moto o local. "Eu consigo
passar com tranquilidade,
mas muitos motoristas de
carro e caminhão acabam
perdendo viagem, porque
não prestam atenção nas
placas sinalizando ou porque
insistem e vêm até a beira da
ponte", disse.
Segundo ele, não é a primeira vez que o local causa
transtorno aos trabalhadores. "Há uns anos foi a mesma coisa, ficou um tempo interditado. Queria saber o que
foi feito, porque o problema
voltou."
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