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Centro estrangeiro tenta manter tradições
Entidades se organizam para atrair descendentes e celebrar sua cultura; há quatro associações do gênero em Ribeirão
Centro Sírio-Libanês,
inativo por 15 anos, quer fazer censo e ensinar
árabe; sociedade italiana oferece teatro para jovens
DA FOLHA RIBEIRÃO
A culinária, a dança, a música
e a literatura típicas de algumas
culturas sobrevivem em Ribeirão Preto por meio de centros e
associações culturais. Algumas,
porém, tentam se reorganizar e
criar eventos aos jovens a fim
de não deixar esquecida uma
herança de gerações.
Existem pelo menos quatro
entidades em Ribeirão criadas
por imigrantes da cidade. Fundado em 1928, o Clube Sírio-Libanês de Ribeirão Preto caiu no
esquecimento durante 15 anos.
Há três anos, porém, foi reativado. O mais famoso evento do
clube é a "Noite Sírio-Libanesa" -a terceira edição aconteceria ontem.
O presidente, Omar Nahan,
disse não saber quantos são os
descendentes e a intenção é fazer um censo dos árabes. "Estamos agora reerguendo o clube,
ressurgindo mesmo das cinzas." A associação vai construir
uma sede no ano que vem e ensinar a língua e, no futuro, um
centro internacional para diversos povos com descendentes na região. Os sírios-libaneses pretendem atingir o sucesso alcançado pelos japoneses
(leia texto nesta página).
Fundada pelos imigrantes
italianos, a Societá Dante Alighieri de Ribeirão Preto comemora seu centenário no ano
que vem. Atualmente, mantém
220 famílias sócias.
A entidade oferece aos seus
sócios aulas de italiano e de
danças folclóricas. Entre as novidades estão cursos de teatro,
que atrai os jovens. "Eles voltaram a ter um interesse grande",
afirmou a diretora-secretária
da entidade, Marilena Sartore.
A culinária, traço cultural
mais famoso da Itália, é celebrada pela entidade na Festitalia -a edição de 2009 acaba hoje, na Igreja Santa Terezinha.
Mais discretos, os judeus
também possuem uma representação em Ribeirão Preto.
A Congregação Israelita Ortodoxa Melech Davi, criada há
nove anos, possui atualmente
35 judeus, que se reúnem esporadicamente -a última foi um
jantar no final do ano passado.
Um dos desafios de se organizarem é a falta de uma sinagoga, o
templo para orações.
Existe um projeto ousado
que prevê construir uma sinagoga, uma biblioteca pública,
uma escola judaica e um centro
empresarial.
De acordo com o presidente
da congregação, Cleber Polverel, 46, a entidade espera por financiamento para a construção de sinagogas de um fundo
mundial que funciona em Nova
York (EUA).
(JULIANA COISSI)
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