Ribeirão Preto, Sexta-feira, 20 de Outubro de 2000

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Acusada diz que está sendo bode expiatório

DA FOLHA RIBEIRÃO

A ex-funcionária da Associação Cultural e Educacional de Barretos Maria Aparecida Bonfim Oliveira, acusada de ser uma das integrantes da quadrilha de falsificadores de diplomas da cidade, disse que está sendo usada como bode expiatório nas denúncias.
De acordo com ela, há pessoas "com dinheiro na cidade que estão fazendo de tudo" para envolver seu nome nesse escândalo, para desacreditá-la.
"Eu tenho uma audiência no dia 26 e eles querem acabar com meu moral, mas não vão conseguir."
Maria Aparecida informou ainda que não fez parte da venda de diplomas na faculdade. "Você acha que se eu vendesse esse tanto de diplomas, a R$ 11 mil como estão dizendo, eu estaria morando numa casa da Cohab (Companhia de Habitação de São Paulo)?", questionou a ex-funcionária.
Ela ainda afirmou que seu marido vende melancias na rua para ajudar no sustento da casa.
"Se eu tivesse pego esse dinheiro que esse pessoas fala, eu estaria em Cancun", disse.
De acordo com Maria Aparecida, estão envolvidas pessoas de nome conhecido da cidade de Barretos, os quais ela disse fazer questão de denunciá-los ao juiz da cidade. "Eles não estão querendo jogar nada no ventilador?"
A acusada disse ainda que por saber de todos os nomes estava sendo ameaçada de morte. "Fui até São Paulo e falei com o Marco Antônio Desgualdo (delegado-geral da Polícia Civil), para conseguir uma proteção pessoal. Aí as coisas mudaram", disse.
Com relação aos carimbos, Maria Aparecida disse que ela mesmo entregou todos eles ao promotor.
"Eles não vieram na minha casa e pegaram, como estão querendo dizer. Eu fui ao promotor e entreguei", disse.
Maria Aparecida disse ainda que não tem intenção de mudar-se da cidade. "Não tenho motivos para isso", afirmou ela.
Ela disse que possui uma série de notas e documentos que comprovam o envolvimento de todas as pessoas que estão querendo acusá-la. "Eu só tenho cara de boba, mas não sou boba não", disse.


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