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Um em cada sete postos não tem licença ambiental
Sem a licença ambiental, não existe garantia contra a contaminação do solo
Para sindicato dos postos, alto preço das adequações dificulta as reformas; Ribeirão lidera lista, com 20 postos irregulares
LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
As maiores cidades da região
têm, juntas, 51 postos de combustíveis sem licença ambiental da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), segundo levantamento da
companhia. Isso significa riscos de vazamento de combustível e consequente contaminação do solo em pontos de Ribeirão Preto, Franca, São Carlos,
Araraquara e Barretos.
O número representa 14% do
total de postos nessas localidades. Ribeirão lidera o ranking:
de 150 postos existentes, 20 estão irregulares. Na sequência,
aparece São Carlos, que tem 60
estabelecimentos, dos quais 14
não possuem licença.
Já em Araraquara, são 12
postos irregulares, num universo de 64. A proporção em
Franca é menor: apenas três
postos, de 72, não têm a licença.
Por fim, Barretos tem dois postos irregulares (veja quadro
nesta página).
Desde 2002, a Cetesb passou
a licenciar postos no Estado,
atendendo determinação do
Conama (Conselho Nacional
do Meio Ambiente). A medida
fiscaliza, entre outras coisas, os
tanques, cuja idade não pode
ultrapassar os 15 anos -segundo a Cetesb, há o risco de vazamento de combustível no solo e
até mesmo no lençol freático.
Para o Sincopetro (Sindicato
do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de
São Paulo), a maior dificuldade
é a questão financeira. "Conseguir a licença por meio das reformas e adequações custa em
torno de R$ 200 mil, e isso dificulta muito as coisas", disse Oswaldo Manaia, presidente do
sindicato em Ribeirão.
O Sincopetro lançou um consórcio para facilitar os gastos.
Para as fiscalizações, a Cetesb
priorizou os postos cujas condições indicam maiores riscos,
como estabelecimentos mais
antigos.
"Os postos que não cumprirem as etapas estabelecidas pela Cetesb estão sujeitos a penalidades, que vão de advertência
a interdição do posto", disse
Marco Antonio Sanchez Artuzo, gerente da agência da Cetesb de Ribeirão.
Fauze Luís Abou Haikal, dono de um posto no centro que
figura na lista, disse que já fez as
reformas. "Não precisei trocar
os tanques, mas mesmo assim
gastei R$ 60 mil", disse.
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