Depois de uma gestação complicada, Vitória, Maísa e Nicole nasceram de 7 meses

Jovem, que deixou de estudar por causa de problemas na gravidez, disse que estava tentando engravidar desde os 13 anos

LIGIA SOTRATTI
DA FOLHA RIBEIRÃO

Uma adolescente de 15 anos deu à luz a três meninas idênticas na semana passada, no HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto. Aline Freitas, que tem irmã gêmea, disse que tentava engravidar do namorado, mas não pensava em ter mais de um filho.
"Descobri com três meses [de gravidez] e foi uma surpresa. Não passou pela minha cabeça mais de um bebê", disse.
Vitória, Maísa e Nicole nasceram de sete meses, após uma gestação complicada. Aline passou a última semana internada no HC. "Passei muito mal, fui para o hospital várias vezes", afirmou a mãe adolescente. Os bebês, que têm peso entre 1,4 quilo e 1,6 quilo, estão na UTI neonatal e passam bem.
Há dois anos Aline mora com o namorado na casa da mãe. A avó das crianças, Jucéia Aparecida Pereira, 36, comemora a chegada das três netas. "É uma alegria muito grande. Foi a coisa mais linda da minha vida o nascimentos das crianças."
A família mora num sítio em São João da Boa Vista. Jucéia tem outros dois filhos -Amanda, 15, que é gêmea de Aline, e Lucas, 17. A renda da família vem do padrasto, que ganha R$ 700 como tratorista, e do pai das trigêmeas, o ajudante de verdureiro José Henrique de Souza Graciano, 22, que recebe um salário mínimo (R$ 465).
Para ajudar a filha, Jucéia abandonou o emprego na roça -trabalhava na lavoura de café. A jovem, que estava na 7ª série do ensino fundamental, abandonou a escola devido a complicações da gravidez.
Segundo a avó, vizinhos e amigos colaboraram com roupas, berço e carrinho. Para o sustento das três meninas, que vão precisar de leite especial nos primeiros meses, Jucéia diz contar com o auxílio da comunidade. "Não temos muita coisa, mas conto com Deus."


Texto Anterior: Painel Regional
Próximo Texto: Gestação múltipla de gêmeas idênticas é rara, diz médico
Índice