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ESPORTE SOCIAL
Programa de escola de Ribeirão trabalha com 630 meninos, incluindo garotos que se envolveram com o tráfico de drogas
Futebol e vôlei tiram crianças da rua
free-lance para a Folha Ribeirão
Ribeirão Preto implantou um
projeto -com apoio de ONGs
(Organizações Não-governamentais)- de incentivo à prática esportiva, como futebol e vôlei.
O programa Dê Bola Para as
Crianças já tirou garotos envolvidos com o tráfico de drogas das
ruas e possibilita nova aprendizagem a essas crianças.
No total, são atendidos 630
crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 13 anos, e que moram
em bairros periféricos de Ribeirão, como Progresso, Novo Mundo, Marchesi, Orestes Lopes de
Camargo, Parque Ribeirão Preto
e Piratininga.
O grupo treina de sexta-feira a
domingo na escola Soccer Club,
na região central da cidade.
O local é utilizado de segunda a
quinta como uma escola de esportes para as crianças e, no fim-de-semana, o espaço é destinado
para o projeto.
É uma oportunidade rara de se
ver crianças de bairros periféricos
desenvolvendo atividades ao lado
de outras de famílias com poder
aquisitivo alto, como filhos de usineiros e médicos da cidade, que
frequentam as aulas no local.
No total, 32 empresas de Ribeirão estão bancando o projeto. Cada atleta "custa" R$ 13 por mês às
empresas de Ribeirão.
O projeto tem o incentivo da
fundação Abrinq e do Instituto
Ayrton Senna.
Para participar das aulas, os alunos devem comprovar a frequência de aulas em suas respectivas
escolas.
As crianças participam de atividades esportivas, de recreação e
recebem acompanhamento de fisioterapeutas, ortopedistas, psicólogas e assistentes sociais.
A recuperação de crianças antes
consideradas "perdidas" é um
dos pontos chaves do projeto, segundo a direção da escola.
Jovens que tiveram envolvimento com narcotráfico estão
participando das aulas e sendo recuperados, segundo a direção da
escola. O total de crianças consideradas problemáticas não foi divulgado pela fundação que administra o projeto.
Justiça
O programa tem ainda o apoio
da Vara e da Promotoria da Infância e da Juventude de Ribeirão,
mas, apesar dos incentivos e dos
apoios, o projeto registrou algumas baixas desde agosto, quando
começou a funcionar (leia texto
nesta página).
Segundo o diretor da escola,
Eduardo Zanello de Paula e Silva,
35, o objetivo é fazer com que o
projeto se desenvolva ainda mais.
"Dar comida sem educação é como dar ração. As crianças precisam de educação", afirmou.
Apesar de o projeto estar obtendo o sucesso desejado pela escola
e pelas empresas, das 630 crianças
atendidas, cem estão sem "patrocinadores", à espera de empresas
interessadas.
(MARCELO TOLE
DO)
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