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Conselho Tutelar para núcleo do centro
Eleição para conselheiros de Ribeirão foi suspensa pela Justiça após ação movida por três inabilitados
DA FOLHA RIBEIRÃO
O CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente) de Ribeirão
Preto decidiu suspender o
atendimento no Conselho Tutelar 1, um dos três da cidade,
que fica no centro. O órgão é
previsto pelo ECA (Estatuto da
Criança e do Adolescente) para
receber denúncias e fiscalizar
crimes contra menores.
A decisão foi tomada depois
que o juiz da Infância e Juventude de Ribeirão, Paulo César
Gentile, concedeu liminar que
proibiu a eleição de novos conselheiros, marcada para o último domingo.
A liminar foi favorável a um
mandado de segurança movido
por três pessoas consideradas
inabilitadas para a eleição e que
questionaram judicialmente os
critérios do edital. O juiz determinou que o CMDCA adie a
prova e inclua os dois candidatos na disputa.
Segundo a presidente do
CMDCA, Delvita Pereira Alves,
os três estão entre os sete inabilitados após uma prova de conhecimentos sobre o ECA. Ao
todo, 18 se interessaram e 11
disputariam as cinco vagas.
Como os mandatos dos
atuais membros do Conselho
Tutelar 1 venceram na última
segunda-feira e não foram renovados, os casos já atendidos
no núcleo serão agora encaminhados para os conselhos 2 e 3.
Ontem, quando a decisão do
CMDCA foi publicada, o conselho 1 já não funcionou. As dez
pessoas que buscaram atendimento foram orientadas a procurar o CMDCA.
O conselheiro tem um mandato de três anos e recebe salário de R$ 1.100. Qualquer pessoa pode se candidatar à vaga,
desde que atenda a critérios federais e municipais. O ECA exige que o interessado tenha ao
menos 21 anos, more na cidade
e comprove idoneidade moral.
Já uma lei municipal de 1993
determina que o candidato tenha dois anos de experiência
com menores e que comprove
conhecer o ECA.
A prova foi aplicada no último dia 30. Os sete inabilitados
não conseguiram atingir os sete
pontos mínimos -teriam de
acertar 14 de 20 perguntas.
De acordo com o conselheiro
do CMDCA Washington Barbosa, antes da prova foi oferecido um curso gratuito de seis
dias sobre o estatuto. Ainda foram apresentadas 120 perguntas que poderiam cair no teste.
(VERIDIANA RIBEIRO E JULIANA COISSI)
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