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Conselho pode liberar Alphaville hoje
Órgão analisa parecer da Secretaria Estadual do Meio Ambiente que aprovou obra de condomínio
DA FOLHA RIBEIRÃO
O Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) analisa hoje o parecer da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente
que aprovou a construção do
Alphaville de Ribeirão Preto,
condomínio voltado às classes
A e B previsto para o distrito de
Bonfim Paulista, na zona sul.
O aval do Consema é condição fundamental para que o
empreendimento receba o licenciamento ambiental para se
instalar na cidade.
Segundo Marcelo Willer, diretor de negócios da Alphaville
Urbanismo, além do licenciamento ambiental, o projeto
precisará receber o aval do Graprohab (Grupo de Análise e
Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo). Se essas etapas forem vencidas nos próximos três meses,
a expectativa é que o condomínio seja lançado em novembro.
Caso contrário, somente após o
próximo Carnaval.
Na prefeitura, segundo o secretário de Planejamento e
Gestão Pública, Ivo Colichio,
praticamente todas as etapas
de aprovação do projeto foram
vencidas. Até o projeto de urbanização da favela Faiane, vizinha ao terreno onde será construído o condomínio, que será
custeado pelo empreendedor,
foi definido.
De acordo com o secretário,
serão construídas 44 casas para
as famílias cadastradas. A Alphaville Urbanismo informou
que os imóveis serão geminados e terão apenas um quarto,
mas haverá espaço no fundo do
lote para ampliação.
O projeto de urbanização da
favela Faiane é uma contrapartida apresentada à prefeitura
pela empresa para compensar a
falta de reserva de área institucional exigida por lei municipal. Ao mesmo tempo, é uma
maneira de tirar as moradias
precárias do entorno do condomínio de luxo.
Embora o crescimento da favela tenha sido controlado pelos próprios moradores, na semana passada, Daniela Pereira
Alves, 22, criada na Faiane, estava construindo uma casa nova para poder morar com o marido, o pedreiro Adriano Caetano Theodoro, 33.
"Mesmo que tirarem a gente
daqui, se conseguir morar dois
anos, já compensa o que eu gastei [R$ 5 mil] se eu fosse comparar com um aluguel", disse
Theodoro.
Ainda não há prazo para a urbanização da favela.
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