|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pequena, a casa abrigava 20 pessoas
da enviada especial
Vinte pessoas moravam na casa
de quatro cômodos onde aconteceu o incêndio que causou a morte de três crianças e um bebê.
Além de Fabiano Dias dos Santos, a mulher e os quatro filhos,
também moram no local duas irmãs de Roseli com maridos e filhos e uma sobrinha casada que
está grávida.
Ontem de manhã Roseli havia
ido com a sobrinha Angélica de
Fátima Pereira de Souza, 17, ao
centro de saúde.
Segundo Angélica, a tia iria buscar o resultado de um exame de
gravidez. "Ela está desconfiada de
que está grávida de novo. Fomos
juntas ao médico porque fui fazer
um ultra-som", afirmou.
Roseli é a mais nova de uma família de sete filhos. Entre as irmãs, também é comum a maternidade precoce. Daguimar, 30, é
mãe de Angélica, 17.
De acordo com familiares, Roseli e Santos estão juntos há cerca
de quatro anos.
"Eles ainda não são casados,
mas estão programando fazer isso (se casar) ainda este ano", afirma Jhonatas Silvano Ferreira, sobrinho de Roseli.
Santos trabalha no corte de cana
para uma usina e ganha o piso da
categoria, que é de cerca de R$ 250
por mês.
Perícia
Para a perícia técnica, a estrutura precária da casa foi responsável
pela facilidade com que o fogo se
espalhou.
"O ferro foi deixado sobre uma
cômoda feita de compensado de
cana, que queima com muito
mais rapidez do que madeira maciça, por exemplo", afirma o perito da polícia Gilberto Araújo.
Segundo Araújo, como a cobertura da casa é de amianto, isso pode ter agilizado a propagação do
incêndio.
As crianças estavam cobertas, o
que também facilita a condução
do fogo, disse o perito.
"Tudo indica que a estrutura
elétrica da casa é frágil, o que provocou sobrecarga", afirmou
Araújo.
Segundo o perito, o fogo deve
ter começado cerca de 20 minutos
depois que a mãe saiu do quarto
para ir ao médico.
As mortes teriam ocorrido em
aproximadamente 15 minutos,
segundo a perícia.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|