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Delegado diz que laudo aponta culpa de candidato em acidente
Tirso dirigia o veículo que bateu contra o Uno da família Silva; pai, mãe e filha morreram
Segundo o delegado José Alecrim, o laudo do IC mostrou que o Ford Edge do candidato invadiu a contramão
LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO
O laudo do IC (Instituto de
Criminalística) apontou, segundo a Polícia Civil, que o
candidato a deputado federal Tirso Meirelles (PSDB) foi
o responsável pelo acidente
que matou pai, mãe e filha
em São Joaquim da Barra, no
dia 19 de junho deste ano.
Segundo o delegado José
Bernardino Alecrim, do 1º
Distrito Policial de São Joaquim, o laudo diz que o carro
dirigido por Meirelles invadiu a pista contrária e causou
a batida. A Folha não teve
acesso ao documento.
No dia do acidente, Meirelles dirigia um veículo Ford
Edge pela rodovia Prefeito
Fábio Talarico, rumo a Franca, quando bateu no o Fiat
Uno onde estavam o casal
Jandemir Missias da Silva,
47, e Elizete Aparecida da Silva, 46, e a filha deles Isabella
da Silva, 12.
Pai, mãe e filha morreram
e o candidato teve ferimentos
leves. A natureza da ocorrência segue como homicídio
culposo, quando não há intenção de matar, mas, segundo o delegado, o laudo deixa
claro de quem foi a responsabilidade.
"Pelo laudo, o senhor Tirso Meirelles deu causa ao acidente", disse Alecrim. De
acordo com o delegado, para
a conclusão do inquérito falta ouvir Meirelles.
No dia do acidente, Meirelles retornava de uma festa
de aniversário do ex-vereador de Guaíra José Eduardo
Lelis. Na época, Lelis disse
que o amigo havia bebido
apenas refrigerante e água.
O delegado disse, porém,
que não há nenhum laudo
que comprove se o candidato
consumiu bebida alcoólica
ou não. "Ele se recusou a fornecer sangue para a realização do exame. O bafômetro
não foi feito porque ele encontrava-se com ferimento e
não tinha condições de fazer
o teste."
Na apuração inicial do acidente, a polícia chegou a informar que havia um exame
de sangue com laudo negativo para embriaguez.
A Folha tentou ouvir Meirelles e seu advogado ontem.
Procurados, ambos não ligaram de volta.
Em julho, o advogado do
candidato, Luiz Flávio D'Urso, disse que ele também é vítima, pois as condições da
pista não eram boas.
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