Ribeirão Preto, Domingo, 22 de Fevereiro de 2009

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Obra antienchente atrasará quatro meses

Empresa Leão Engenharia afirma que as chuvas e o atraso na ordem de serviço atrapalharam a conclusão da obra

Prefeitura de Ribeirão afirma que não está sendo condescendente e que a empresa tem o direito de atrasar conclusão da obra

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

A obra antienchente executada pela empresa Leão Engenharia na região central de Ribeirão Preto vai atrasar ao menos quatro meses. A informação é do engenheiro responsável pelas obras José Américo do Nascimento Júnior.
De acordo com o engenheiro, o trecho licitado entre a rua Castro Alves, onde existe uma ponte, e a rotatória Amin Calil deveria ser concluído na última semana de março, mas a ocorrência de chuvas -foram 78 dias, segundo a empresa-, somada à impugnação da concorrência para obras em parte da área da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), prejudicaram o cronograma inicial da obra.
Além disso, segundo Nascimento Júnior, embora a licitação da obra tenha sido feita em setembro, a ordem de serviço só foi dada pela prefeitura à empresa em novembro, mês em que o Fecop (Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição) liberou os recursos para a contratação do serviço. "Nós já iniciamos essa obra com dois meses de atraso", disse o engenheiro da Leão.
A expectativa da empresa, notificada pela Secretaria de Obras Públicas, é concluir o trecho entre a rua Castro Alves e a rotatória Amin Calil até a segunda quinzena de julho, mesmo prazo previsto para a conclusão do segundo trecho em andamento, que se estende da rua Castro Alves até a Visconde do Rio Branco, também na região central.
Esse segundo trecho, de acordo com o secretário de Obras Públicas de Ribeirão, Abranche Fuad Abdo, está sendo executado com recursos do Ministério das Cidades. "Não é uma questão de ser condescendente. Isso [o aditamento de prazo] é legal. Choveu e a empresa tem direito [ao atraso]", afirmou o secretário.
Abdo nega que o atraso interfira na licitação dos demais trechos da obra, que prevê o alargamento dos canais do córrego Retiro Saudoso, que corta a av. Francisco Junqueira, e do canal do ribeirão Preto, que corta a avenida Jerônimo Gonçalves, até a rua Primo Tronco, na Vila Virgínia, bairro tradicionalmente atingido pelas cheias.
Considerada a principal obra da gestão do ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB), a obra antienchente na região central de Ribeirão só terá o efeito esperado pelos técnicos quando for totalmente concluída, o que vai custar aos cofres públicos cerca de R$ 52 milhões. O projeto prevê que os canais suportem, sem transbordar, a chuva mais intensa registrada nos últimos dez anos.

Imbróglio
Por causa da impugnação da licitação aberta para a reconstrução da caixa de força na sede da Cati -a obra do canal passará por baixo do prédio, prejudicando a caixa atual-, a prefeitura deverá pagar no mínimo 5% a mais que o valor original da obra, aproximadamente R$ 400 mil, quando a concorrência foi aberta.
De acordo com o secretário de Obras Públicas, o aumento do valor do dólar e a variação da inflação elevaram os preços na construção civil.


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