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Obra antienchente atrasará quatro meses
Empresa Leão Engenharia afirma que as chuvas e o atraso na ordem de serviço atrapalharam a conclusão da obra
Prefeitura de Ribeirão afirma que não está sendo condescendente e que a empresa tem o direito de atrasar conclusão da obra
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
A obra antienchente executada pela empresa Leão Engenharia na região central de Ribeirão Preto vai atrasar ao menos quatro meses. A informação é do engenheiro responsável pelas obras José Américo do
Nascimento Júnior.
De acordo com o engenheiro,
o trecho licitado entre a rua
Castro Alves, onde existe uma
ponte, e a rotatória Amin Calil
deveria ser concluído na última
semana de março, mas a ocorrência de chuvas -foram 78
dias, segundo a empresa-, somada à impugnação da concorrência para obras em parte da
área da Cati (Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral),
prejudicaram o cronograma
inicial da obra.
Além disso, segundo Nascimento Júnior, embora a licitação da obra tenha sido feita em
setembro, a ordem de serviço
só foi dada pela prefeitura à
empresa em novembro, mês
em que o Fecop (Fundo Estadual de Prevenção e Controle
da Poluição) liberou os recursos para a contratação do serviço. "Nós já iniciamos essa obra
com dois meses de atraso", disse o engenheiro da Leão.
A expectativa da empresa,
notificada pela Secretaria de
Obras Públicas, é concluir o
trecho entre a rua Castro Alves
e a rotatória Amin Calil até a segunda quinzena de julho, mesmo prazo previsto para a conclusão do segundo trecho em
andamento, que se estende da
rua Castro Alves até a Visconde
do Rio Branco, também na região central.
Esse segundo trecho, de
acordo com o secretário de
Obras Públicas de Ribeirão,
Abranche Fuad Abdo, está sendo executado com recursos do
Ministério das Cidades. "Não é
uma questão de ser condescendente. Isso [o aditamento de
prazo] é legal. Choveu e a empresa tem direito [ao atraso]",
afirmou o secretário.
Abdo nega que o atraso interfira na licitação dos demais trechos da obra, que prevê o alargamento dos canais do córrego
Retiro Saudoso, que corta a av.
Francisco Junqueira, e do canal do ribeirão Preto, que corta
a avenida Jerônimo Gonçalves,
até a rua Primo Tronco, na Vila
Virgínia, bairro tradicionalmente atingido pelas cheias.
Considerada a principal obra
da gestão do ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB), a obra
antienchente na região central
de Ribeirão só terá o efeito esperado pelos técnicos quando
for totalmente concluída, o que
vai custar aos cofres públicos
cerca de R$ 52 milhões. O projeto prevê que os canais suportem, sem transbordar, a chuva
mais intensa registrada nos últimos dez anos.
Imbróglio
Por causa da impugnação da
licitação aberta para a reconstrução da caixa de força na sede
da Cati -a obra do canal passará por baixo do prédio, prejudicando a caixa atual-, a prefeitura deverá pagar no mínimo
5% a mais que o valor original
da obra, aproximadamente
R$ 400 mil, quando a concorrência foi aberta.
De acordo com o secretário
de Obras Públicas, o aumento
do valor do dólar e a variação da
inflação elevaram os preços na
construção civil.
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