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Câmara investiga servidores por sumiço
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Câmara de Ribeirão Preto
abre sindicância hoje para apurar a participação de três funcionários efetivos da Casa no
desaparecimento de equipamentos audiovisuais comprados no ano passado, quando o
ex-vereador Leopoldo Paulino
(PMDB) era presidente.
O sumiço foi descoberto depois que o vereador Gilberto
Abreu (PV), 2º secretário da
Casa, realizou uma auditoria e
constatou a falta de microfones, mesas de som e de duas
lousas eletrônicas, avaliadas
em R$ 12.900 cada uma, que
nunca foram usadas.
Depois do início da auditoria,
os objetos "reapareceram", segundo Abreu, que sugeriu no
relatório a abertura da sindicância, medida que o presidente Cícero Gomes da Silva
(PMDB) acertou com a Mesa
Diretora ontem à noite.
Segundo Abreu, durante a
auditoria, iniciada em fevereiro, foram encontradas apenas
as notas dos produtos com as
etiquetas que indicam que são
patrimônio da Câmara. "Os
equipamentos não estavam
aqui, tinham sumido."
De acordo com o 2º secretário, o relatório da auditoria não
questionou a relevância das
compras, nem investigou entre
os funcionários o motivo do sumiço. "Meu papel era o de fazer
a auditoria e conferir o patrimônio, que agora está todo aí",
disse Abreu.
O vereador informou ainda
que representantes do TCE
(Tribunal de Contas do Estado)
estarão na Câmara na próxima
segunda-feira para fazer checagem de rotina. De acordo com
Abreu, caso os equipamentos
não tivessem sido resgatados, o
Legislativo poderia responder
no futuro por irregularidades
no TCE.
Sebastião Sérgio da Silveira,
promotor da Cidadania, disse à
Folha que vai solicitar à presidência da Câmara uma cópia do
relatório da auditoria realizada
por Abreu. "Vou apurar se houve alguma ilicitude para decidir
se instauro um inquérito."
Procurado pela Folha, Paulino disse não se lembrar do motivo das compras. "Isso é coisa
passada", afirmou.
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