Thalita Rebouças, 34, atraiu pais e mães, sozinhos ou acompanhados pelos filhos ao Salão de Ideias

Ao final da participação no Theatro Pedro 2º, fãs se aglomeraram por duas horas por autógrafo e foto com a escritora

DA FOLHA RIBEIRÃO

O terceiro dia da Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto consagrou a escritora carioca Thalita Rebouças, 34, e comprovou a transformação da autora em fenômeno.
No debate do qual participou no Salão de Ideias, no Theatro Pedro 2º, a plateia lotou o auditório para vê-la, enquanto outros tantos ficaram de fora por falta de espaço.
Ao final da apresentação, os que conseguiram assistir e os que ficaram de fora se aglomeraram durante cerca de duas horas para tentar um autógrafo e uma foto com a escritora, que pacientemente atendeu a todas as solicitações.
Além, claro, das meninas entre 12 e 18 anos, que são o maior público alvo da escritora editada pela Rocco. Entre os espectadores, havia mães e pais em grande quantidade.
"Sofri um acidente há 14 anos e tive que me aposentar antes do que eu queria. Considero que ter vindo aqui foi um sinal, pois sempre quis escrever para ocupar meu tempo vago", disse o engenheiro José Alves de Castro Junior, 55, que foi sozinho à palestra.
Com tiradas irônicas e um linguajar de adolescente, ela cativou o público. Em vez de perguntas, da plateia vinham agradecimentos "por me fazer entender melhor minha mãe" ou "por me aproximar mais da minha filha". Uma mãe chegou a dizer que, se tivesse lido os livros de Thalita antes, talvez não tivesse perdido um de seus filhos, morto há quatro anos -ela não deixou claro o motivo.
O humor, que segundo ela aprendeu no curso de teatro que fez aos 14 anos para perder a timidez, esteve presente até quando ela se emocionou ou quando foi questionada de assuntos sérios, como a pirataria.
"Os adolescentes têm uma característica que a de querer ter as coisas. Então, mesmo que tenha lido um livro da colega ou na internet, a menina pede o dela para a mãe", afirmou.
Com dez obras no currículo, todas com linguagem adolescente, a escritora diz estar perto do seu grande objetivo, que é o de influenciar os jovens a ler, bandeira que levanta com a campanha "Ler é Bacana".
Influenciada por Fernando Sabino e Luís Fernando Veríssimo, Thalita disse que perdeu o medo de cair na futilidade dos temas que aborda -uma psicóloga que estava na plateia chegou a dizer que recomendava os livros dela para pacientes adolescentes e suas mães.


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