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Cresce número de presos em 6 de 11 unidades
DE RIBEIRÃO PRETO
Mesmo a inauguração
do CDP de Franca, em abril
deste ano, não foi suficiente para aliviar a superlotação nos presídios da região de Ribeirão Preto.
Levantamento feito pela
Folha com base nos dados
da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP)
revela que as unidades da
região abrigam 378 presos
a mais do que em maio de
2009. O balanço não inclui
o CDP recém-inaugurado.
De 11 unidades prisionais que já existiam no
ano passado, seis estão
com mais pessoas detidas
do que o ano passado (veja
quadro nesta página).
Um dos maiores saltos
ocorreu no CDP de Ribeirão. Com capacidade para
412 presos, abrigava 479
até maio de 2009. Agora,
são 782 homens, o que significa uma alta de 63%.
A penitenciária do município também recebeu
mais presos: hoje são 1.310
homens, em um espaço
projetado para 792.
E o quadro de superlotação não se altera. No total,
oito unidades estão com
mais detidos do que a capacidade do prédio. Na Penitenciária de Serra Azul 2,
por exemplo, criada para
abrigar 768 homens, estão
detidos 1.242.
Na opinião da advogada
Ana Paula Vargas de Mello, não basta criar presídios: é preciso mudar a lógica da política penal.
Mello é a presidente do
Conselho Comunitário Penitenciário, criado pelo TJ
(Tribunal de Justiça) de
São Paulo em 2009 para
fiscalizar as condições das
penitenciárias na região.
"Você pode criar um
presídio por dia que não
será suficiente. Porque a
política é de aprisionar,
quando a prisão deveria
ser para casos excepcionais." O ideal, diz, seriam
meios como a prestação de
serviços à comunidade e a
liberdade provisória.
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